PAULO MACEDO, NO RETHINKING PHARMA - A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA TEM UM FUTURO BRILHANTE
2025-08-19 21:05:54

Rethinking Pharma 2025 Sob o mote “Unleash the Power”, o evento trouxe ao mesmo palco vozes nacionais e internacionais que analisaram tendências regulatórias europeias, refletiram sobre novos modelos de liderança, debateram a criação de um ecossistema português mais competitivo e exploraram estratégias de marketing e inovação capazes de responder às exigências de um mercado cada vez mais complexo. Inovação, liderança e estratégias para Um setor em transformação O Rethinking Pharma, reunião magna dos profissionais da Indústria Farmacêutica (IF) em Portugal, este ano com o mote “Unleash de Power”, aconteceu, no dia 5 de junho, no Centro de Congressos Lagoas Park, em Oeiras. A abrir o ciclo de conferências, Rui Santos Ivo apontou os grandes desafios que marcam o presente e o futuro da regulação do medicamento na Europa. Sob o mote Power to Achieve, o responsável máximo da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e presidente do Conselho de Administração da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), fez um retrato do setor onde a inovação avança a par com fragilidades, como a falta de medicamentos essenciais, e onde o papel das autoridades reguladoras é cada vez mais estratégico. Inovação versus escassez: o paradoxo da saúde moderna «Há cada vez mais desafios sobre o mercado», declarou o responsável do Infarmed, sublinhando que «as questões hoje colocam-se muito do lado da acessibilidade». Rui Santos Ivo referia-se a uma das grandes contradições do sistema de saúde europeu: por um lado, há inovação, mas, por outro, carência de nedicamentos essenciais, ou seja, «ao mesmo tempo, estamos a falar de medicamentos essenciais, como um corticoide, que não temos, mas depois temos uma terapia génica». Na verdade, a pandemia veio pôr a descoberto uma realidade que já estava latente: «a dificuldade no acesso a equipamentos médicos e a medicamentos fundamentais». Um fenómeno que não se resume a países em desenvolvimento e que exige medidas estruturais. «Temos de encontrar soluções para que não haja falta de medicamentos», reforçou. O papel das agências reguladoras Rui Santos Ivo lembrou que tanto o Infarmed como a EMA têm de zelar pelo interesse público, garantindo que os medicamentos são eficazes e seguros; mas, por outro, são também atores fundamentais para a competitividade e inovação do setor farmacêutico europeu. «A nossa primeira missão é o benefício-risCo, mas também temos de garantir uma regulação eficiente e adaptável», especificou. Reformas em curso e perspetiva europeia Entre os temas quentes da atualidade regulatória, Rui Santos Ivo destacou a reforma legislativa da indústria farmacêutica europeia. A proposta visa «preservar a competitividade e a inovação, mas também corrigir assimetrias e melhorar a acessibilidade entre Estados-Membros» Liderar num tempo de incerteza Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos e ex-ministro da Saúde, trouxe ao Rethinking Pharma uma reflexão analítica sobre o contexto atual. Desde logo, da sua apresentação, surge a questão o que têm em comum um elefante negro, um cisne negro e uma alforreca negra? Cada uma das três criaturas é, segundo o orador, metáfora de um tipo de evento que desafia líderes, governos e organizações a reverem os seus modelos de pensamento e ação, pois «temos de nos preparar para eventos extraordinários». Assim sendo, o elefante negro corresponde a eventos extremamente prováveis e antecipados, mas geralmente ignorados pela sociedade. E neste ponto, o keynote speaker, que falava na conferência The Power of Knowledge, deu como exemplo a situação de pandemia. O cisne negro corresponde a eventos raros, imprevisíveis e de grande impacto, que estão completamente fora do radar de observação e compreensão até que aconteçam. Para Paulo Macedo, um exemplo deste tipo de eventos é «a administração dos EUA». E, por fim, a alforreca negra equivale a coisas que, de acordo com o responsável da Caixa Geral de Depósitos, pensamos conhecer e compreender, mas que acabam por se revelar mais complexas e incertas do que esperávamos. Para ilustrar esta última situação o antigo ministro da Saúde referiu o ataque aos israelitas pelo Hamas, «que teve consequências imprevisíveis». Inovação: o calcanhar de Aquiles da Europa Traçando um enquadramento macroeconómico numa mudança de época, Paulo Macedo falou ainda de tarifas, competências e inovação. Para o CEO da Caixa Geral de Depósitos, a Europa enfrenta hoje «um problema estrutural: a sua debilidade no campo da inovação», não tendo «o empreendedorismo que OS Estados Unidos têm. As empresas mais empreendedoras, as startups, os unicórnios, quando se querem desenvolver, vão para OS Estados Unidos», referiu. Daí considerar que a inovação «é uma das falhas grandes da Europa, na maior parte dos setores, face designadamente aos Estados Unidos». Os ex-ministro da Saúde abordou ainda a importância das pessoas, nomeadamente das equipas: «é quem faz a diferença», revelou. Portanto, «se tivermos as pessoas certas nas equipas, temos muitas probabilidades de ter bom resultado». No que toca à questão das tarifas, Paulo Macedo considerou que «a generalidade das empresas não será afetada de uma maneira direta, imediata, pelas tarifas». Além disso, «quem é afetado pelas tarifas, uma parte consegue repercutir no preço dos consumidores, o que vai gerar algum tipo de pressão inflacionista, e a outra parte poderá encontrar novos mercados, designadamente na Europa ou Canadá». Em suma, para o responsável da Caixa Geral de Depósitos, as tarifas da administração norte-americana «são uma coisa má, mas não é nenhuma tragédia para as empresas portuguesas». O poder da vontade A conferência The Power of Will reuniu três vozes relevantes do ecossistema da inovação em saúde: Raúl Saraiva, chief scientific officer & venture partner da 3xP Global; Joana Piriquito Santos, founding partner da NLP; e Nuno Prego Ramos, fundador e CEO da Valvian. Sob a moderação de Joana de Almeida, head of Healthcare Abu Dhabi & Kuwait, o painel abordou, entre outros temas, o papel da colaboração, do investimento e da gestão da propriedade intelectual na consolidação de uma inovação farmacêutica mais ágil e eficaz. Capital, inovação e transferência de tecnologia De acordo com Raúl Saraiva, «não temos estatísticas para o capital de risco de saúde em Portugal», mas «é ainda um pouco residual». Porém, o orador não quis deixar de transmitir como tem evoluído. Neste sentido, indicou que o capital de risco em saúde a nível global está «muito centrado nos Estados Unidos» e a contribuição da Europa «ainda é relativamente minoritária». Houve um boom «resultante ner da pandemia e da canalização de muitos investimentos para a área da saúde e o consequente período de correção de alguns exageros ou de alguns desvarios que podem ter sido feitos em termos de investimento nessa área». Não obstante, o chief scientific officer revelou, «já com os números de 2024 fechados e a tendência de 2025, que estamos acima dos números de 2019», sendo que «os números de 2019 na altura eram históricos a nível de investimento nesta área». Raúl Saraiva destacou ainda que «o licenciamento por parte do mundo corporate também é bastante relevante e esse cresceu com o exercício da pandemia e manteve-se em níveis elevados, sendo que, ainda segundo o orador, 2024 foi igualmente o ano em que ocorreu o maior investimento a nível de licenciamento de nova propriedade intelectual e de novos exercícios de investigação por parte do mundo corporate. Resumindo, «a responsabilidade não é só das startups e das empresas iniciais nesta área», visto termos também «a IF mais estabelecida a apostar nessa inovação, nessa integração e depois na consequente distribuição disso». Patentes: avaliar, explorar e proteger Para Joana Piriquito Santos há três grandes pilares na gestão da propriedade intelectual: «há a fase de investigação e desenvolvimento e divulgação da invenção e é preciso saber quem é que inventou, como é que isto surgiu, quem é que deu os recursos. ê preciso saber fazer uma avaliação, ou seja, perceber que nem tudo o que é inventado vai acabar numa patente, portanto eu tenho de saber avaliar aquele produto, que produto é que vai chegar no mercado, onde vou investir, em que países vou investir ou que proteção é que eu vou escolher». Depois, ainda de acordo com a advogada, há a questão da transição, sendo que «quando comecei nesta área, a quantidade era muito importante, era preciso uma massa crítica». Contudo, a oradora acredita que atualmente estamos na fase da «transferência de tecnologia e, por isso, já interessa perceber o valor que eu vou retirar dessas patentes». Por outras palavas, é «preciso saber explorá-la, avaliá-la e ter um business case para depois conseguir licenciar e transmitir». Litigância em Portugal «A litigância de patentes em Portugal é uma realidade», declarou Joana Piriquito Santos, explicando que «a maior parte dos blockbusters que estão no mercado têm dezenas de casos ativos entre titulares de patentes e empresas de genéricos». Segundo dados apresentados pela oradora, em 2016, «dos 107 acordos feitos entre empresas de inovadores titulares de patentes e genéricos, 55 foram em Portugal». Por isso, efetivamente, «não é possível falar de setor farmacêutico sem falar em patentes e, neste caso, na importância destes dois atores para o ecossistema, que são os titulares de patentes e os genéricos». Integrar, produzir, escalar Por seu lado, Nuno Prego Ramos revelou que, presentemente, «a nossa ideia é criar uma estrutura vertical integrada em Portugal». Neste sentido, explicou que «estamos a montar uma nova venture à volta da oncologia, da longevidade e da oncologia veterinária, uma empresa que já surge com tecnologia também licenciada da BioNTech». Algo que, de acordo com o CEO da Valvian proporciona «a possibilidade de avançar muito mais rapidamente». Nuno Prego Ramos referiu ainda que «não há verdadeiramente um hub, pois nós somos um país demasiado pequeno para isso». Não obstante «é muito importante trabalharmos em conjunto e acho que é importante, no nosso caso , que já não estamos a montar uma startup, visto o objetivo ser, ao contrário do que fizemos na CellmAbs, listar a Valvian no Nasdaq em três anos =, não só ter a capacidade de fazer investigação e desenvolvimento, mas também ter a capacidade de produzir medicamentos biotecnológicos em Portugal». Os clientes só querem saber deles Para Dan Buckland, agency director da Brandcast Health, “cabeça de cartaz” da conferência The Power of Knowledge, as marcas farmacêuticas estão longe de atingir o estatuto de confiança que ambicionam. Para alcançar esta meta, afirma, é preciso começar por uma verdade simples e, por vezes, desconfortável: os clientes só querem saber deles próprios. Deste modo, explicou que é hábito «colocar informação sobre produtos e marcas em cada comunicação, ou seja, não podemos ter um webinar ou um e-mail que não contenha informação que mostre que o nosso produto é melhor do que aquele que eles atualmente usam ou que mostre os seus atributos». Por outro lado, ainda de acordo com Dan Buckland, «temos muita informação e dados sobre nossos clientes, que não usamos para personalizar informação e raramente temos tempo para nos sentar e refletir sobre o que fizemos». Além disso, «muitas vezes, há uma falta de capacidade de marketing, ou de acesso a ferramentas digitais como O CRM para nos apoiar neste trabalho». Posto isto, qual será a solução? «Como construímos confiança? Como conseguimos a nossa engagement?». Poderá haver a tendência para dizer que a resposta é «a inteligência artificial, que esta irá solucionar todos esses problemas, criando o nosso conteúdo muito rapidamente, fazendo a gestão dos dados e personalizando tudo para os médicos e todos estaremos felizes». Poderá ainda haver a tendência de considerar «OptiChannel, que é o próximo OmniChannel» como a solução. Contudo, para Dan Buckland, «isto é apenas tecnologia que pode ajudar, mas não vai resolver o problema de engagement e de compreensão do nosso público». Assim sendo, deixou algumas recomendações para criar um maior engagement com os clientes, nomeadamente começar «por mudar o mindset», porque, como reforça, «os clientes não se importam connosco, com os nossos produtos ou com os nossos serviços. Apenas se importam com eles mesmos e nós temos de aceitar essa verdade se quisermos criar conteúdo de marketing centrados nos clientes». Deste modo, «se pararmos para pensar nisso antes de enviar um e-mail, de lançar uma atividade ou uma estratégia, posso garantir que o engagement aumentará de forma direta». O RETHINKING PHARMA 2025 foi uma iniciativa da PHARMAPLANET em parceria com a revista MARKETING FARMACéUTICO, que contou com o patrocínio da RANGEL LOGISTICS SOLUTIONS e da OCP PORTUGAL. A P-BIO, a APPM, a EQUALMED e a MORAIS LEITAO , Galvão Teles, Soares da Silva & Associados são parceiros do evento. A revista FARMACIA DISTRIBUIçAO e o Portal NETFARMA foram media partners. O RETHINKING PHARMA 2025 é um evento solidário e apoiou o Programa ABEM da Associação Dignitude. Barómetro da IF 2025 Nuvens de instabilidade Ideias disruptivas? Sim, é possível No que toca à publicidade, na área da Indústria Farmacêutica, o segredo é pensar “como é podemos por as nossas pessoas a pensar numa solução”, nomeadamente no que toca “a pegar em determinadas ideias e fazer algo disruptivo”, declarou Pedro Gouveia. o country head da Opella participou (apresentando a campanha da Dulcolax, Princesas do cocó) no Marketing Genius Festival, moderado por Francisco Velez Roxo, consultor no setor da Saúde. Estiveram ainda em destaque a campanha Restaurant Take Over da Vichy, apresentada por Concha de Lima Mayer, PR & Advocacy Manager Maybelline NY da L Oréal, e a campanha Recordati Homem A Saúde Masculina Sem Tabus, apresentada por Ana Silva, brand manager. Ricardo Nascimento Ferreira, da Morais Leitão Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, encerrou o festival, abordando os limites legais para os génios . Conferência de Líderes no Rethinking Pharma “Ao Vivo e a Cores” é o título do quinto episódio do podcast Conferência de Líderes, que foi gravado durante o evento. Aos líderes residentes, Miguel Rovisco de Andrade, diretor geral da A. Menarini Portugal, e Nelson Pires, diretor geral da Jaba Recordati, juntouse Filipa Mota e Costa, diretora geral da Johnson & Johnson Innovative Medicine. Moderados por Paulo Silva, da MARKETING FARMACEUTICO, a missão dos líderes foi fazer um resumo/balanço dos eventos da manhã. O poder das perguntas Filipa Mota e Costa “levou” da manhã «pensamentos fora da caixa, que é o que todos queremos». Neste sentido, justificou, no relativo ao executive breakfast, que a lição a tirar é que «o mundo é não linear, o mundo é imprevisível e por isso são precisas lideranças que saibam viver nesse mundo ambivalente», ou seja, são precisas lideranças «que saibam fazer perguntas porque nunca há respostas completas e, portanto, o poder das perguntas é de facto algo extraordinário» Adaptável e flexível Nelson Pires chamou a atenção para «o mundo geracional que nós atravessamos dentro das organizações», algo que «implica uma capacidade de liderar que tem de ter totalmente adaptável, flexível, tem de delegar responsabilidade, não é delegar tarefa, e tem de se adaptar à forma como nós comunicamos com as várias gerações». Muito por fazer Por seu turno, Miguel Rovisco de Andrade “retirou” do que viu e ouviu durante a manhã do evento, nomeadamente da apresentação de Rui Santos Ivo, que «ainda há muito para fazer para nos aproximarmos da média europeia em termos de inovação e de acesso». Neste contexto, alertou que «há uma tendência burocrática que é típica das organizações», um problema que considera que «tem muito a ver também com a Europa» e agora o velho continente «está a pagar esse preço». A nova liderança em tempos de mudança «Great leaders ask really good questions», declarou Cristina Morgado, durante o executive breakfast, explicando que «ninguém tem todas as respostas» e um «bom líder é aquele que obriga a pensar». Ao fazer-se perguntas, de acordo com a International Business Executive e Executive Mentor And Coach, «cria-se espaço para trabalharmos juntos e cria-se confiança». E é importante, do ponto de vista da liderança, esta «mudança de paradigma do controlo para a confiança», de modo a «criar autonomia nas equipas». Porque, afinal, «independentemente dos produtos, das tecnologias, o que faz a diferença são as pessoas», concluiu Cristina Morgado. O valor das pessoas acima da tecnologia Questionada pela MARKETING FARMACEUTICO se a Indústria Farmacêutica já tem, efetivamente, noção de que as pessoas é que interessam, Cristina Morgado respondeu que «a Indústria tem cada vez mais a noção de que as pessoas é que interessam». Neste sentido, reiterou que «podemos ter, e na grande maioria dos casos temos, produtos excecionais, tecnologias cada vez melhores, cada vez mais adequadas, mas nada disto acontece se as pessoas não fizerem as coisas acontecer, se não as levarem à prática». Os líderes na Indústria Farmacêutica Quanto à questão dos líderes, a coach indicou que «temos líderes mais tradicionais, que se calhar ainda estão agarrados a esta ideia de command and control, que funciona e que funcionou durante muito tempo na indústria, em muitas áreas». Porém, Cristina Morgado acredita que é um modelo que «fica aquém para aquilo que são os desafios atuais e temos líderes que (...) apostam mais numa liderança mais envolvente, mais próxima, menos de dar respostas e mais de fazer perguntas». Posto isto, Cristina Morgado revelou, ainda à MARKETING FARMACEUTICO, “que estamos exatamente no caminho em que devíamos estar, que é criar lideranças que, cada vez mais, deem espaço às pessoas para poderem ser o melhor que conseguirem ser». «... apesar de estarmos numa nova era com muitas implicações diferentes em termos globais, esta indústria será resiliente e triunfará» Paulo Macedo, CGD O que Portugal pode aprender com Os Emirados Árabes Unidos? «Podemos sempre aprender com outras realidades nas suas curvas de aprendizagem», opina Joana de Almeida, à MARKETING FARMACéUTICO, explicando que OS Emirados Arabes Unidos «têm a mesma dimensão e população que Portugal, portanto, podem ser nessa escala diretamente comparáveis». Assim sendo, apesar de regimes políticos e capacidade de financiamento diferentes, «em Portugal falamos de um hub de saúde único, quando, na verdade e na realidade, culturalmente a saúde está pulverizada pelo país. O que torna difícil nos transformarmos num hub competitivo. Portanto, uma união, uma visão única nacional para a saúde, eficiente na geração de valor, poderia ser a grande missão que poderíamos trazer nos Emirados Unidos», conclui Joana de Almeida. «A Indústria Farmacêutica é um setor que tem um futuro brilhante» A margem do evento, Paulo Macedo falou com a MARKETING FARMACEUTICO. Para O CEO da Caixa Geral de Depósitos, «a Indústria Farmacêutica é um setor que tem um futuro brilhante, e nem todos os setores têm um futuro tão promissor», ou seja, «a IF e da saúde continuará a ter um lugar privilegiado, porque é uma indústria inovadora, competitiva, que responde a necessidades específicas das pessoas». Daí considerar que, «apesar de estarmos numa nova era com muitas implicações diferentes em termos globais, esta indústria será resiliente e triunfará». Tarifas na IF Já no relativo ao impacto da aplicação de tarifas à Indústria Farmacêutica, pelos EUA, Paulo Macedo declarou que «as tarifas podem ter algum impacto para aqueles que exportam para OS Estados Unidos. As maiores exportações, tanto quanto sei, não são para OS Estados Unidos. E aqueles que exportam para OS EUA podem ter outros mercados, seja o Canadá ou a Europa». Assim sendo, as tarifas poderão «ter algum impacto, mas, de acordo com a nossa análise até agora e com o que conversámos com as pessoas, será residual».