pressmedia logo

M5 COM ESTEROIDES

Turbo

2025-08-19 21:05:18

0 BMW mais potente de sempre é um M, que também é um x.com o V8 4.4 do M5 e 748 CV, O XM Label Red é um SUV de 2,8 toneladas capaz de disparar até aos 100 km/h em 3,8 segundos e percorrer 78 km sem gastar uma gota de gasolina TEXTO RICARDO MACHADO FOTOGRAFIA GONÇALO MARTINS Se estáa pensar em adquirir um BMW M5, a funcionalidade não é seguramente uma prioridade. O mesmo princípio é válido para a autonomia elétrica. No entanto, os tempos estão a mudar e, aparentemente, pode haver quem olhe para uma berlina de 5,09 metros de comprimento e 727 cv e considere que os 466 litros da mala são limitados ou que o espaço para as pernas na fila traseira é apertado. Não sabemos se existem clientes tão exigentes. Caso existam, encontram no XM Label Red um SUV com o mesmo v8 4.4 twin-turbo do M5, dotado de cinco lugares espaçosos, uma bagageira com 527 litros de capacidade e uma autonomia elétrica de 78 km. Embora assumam posicionamentos e públicos distintos, a partilha da motorização híbrida torna a comparação inevitável. Ambos ocupam o topo das respetivas gamas, impulsionados por um v8 de 585 cv e 750 Nm associado a um motor elétrico de 197 cv e 280 Nm instalado na caixa automática de oito velocidades. Afinações específicas na programação de cada modelo determinam que O XM Label Red desenvolva 748 cv contra 727 cv do M5. Ambos contam com 1000 Nm de binário para acelerar até aos 100 km/h em menos de quatro segundos. Mais aerodinâmico e leve, pesa menos 285 kg que o SUV, o M5 ganha a prova de arranque com 0,3 segundos de vantagem. E porque é necessário criar um SUV com 748 cv capaz de acelerar até aos 100 km/h em 3,8 segundos? Provavelmente porque há um Aston Martin DBX S com 727 cv que, embora cumpra a prova de sprint em 3,3 segundos, não tem o bónus da autonomia elétrica por não ser híbrido. A autonomia EV pode ser outra vantagem do XM Label Red face ao M5. Ao utilizar uma bateria de maior capacidade, 29,5 kWh (25,7 kWh úteis) face 22,1 kWh (18,6kWh) do M5, o SUV acrescenta dez quilómetros aos 68 km de autonomia da berlina. Voz GROSSA Se depois dos primeiros ensaios não ficámos particularmente convencidos com o conceito do XM, não foi por conduzir a versão topo de gama que ficámos rendidos a um SuV com motor de desportivo que acaba por não ser nem uma coisa nem outra. Apreciamos a imagem imponente, com as óticas rasgadas e a grelha iluminada a vincarem o caráter aguerrido do XM Red Label, que casa na perfeição com a sonoridade grave do v8. Esta é modulada por um escape com borboletas ativas visíveis ôno interior das ponteiras duplas cromadas. Um botão dedicado permite manter a sonoridade do escape no modo mais agressivo independentemente do programa de condução escolhido. Nada como intercalar o silêncio da condução EV com apontamentos de v8 bem afinado. Confuso? e essa a impressão com que se fica do XM Label Red. Tem a volumetria de um SUV, com 5,11 metros de comprimento, 2 m de largura, 1,76 de altura, 3,11 m de distância entre eixos e 220 mm de altura ao solo, mas calça pneus 275/40 R22 à frente e 315/35 R22 atrás que não conhecem outro piso para além do asfalto. Por outro lado, tem potência e binário de desportivo, mas pesa 2,8 toneladas e, por melhor que as barras estabilizadoras ativas e os amortecedores adaptativos trabalhem, não consegue curvar depressa. Não se entorta, a estrutura sólida não o permite, nem desequilibra durante as transferências de massa. Simplesmente não consegue escapar às leis da física e acaba por alargar a trajetória. A gravidade potencial da subviragem depende do bom-senso do condutor. Reconhecemos que é mais fácil perceber que o XM Label Red é pesado, basta olhar para a volumetria, do que resistir à tentação dos 1000 Nm e 748 cv à disposição do pedal direito. A tração integral M xDrive e o diferencial M Sport são garantia de motricidade sem perdas. Os travões desportivos M não fraquejam perante utilizações intensivas, mas é preciso ajustar os pontos de travagem para evitar sustos desnecessários. Se O BMW XM foi desenvolvido com um olho no mercado norte-americano e outro ôno asiático, onde o tamanho conta, a versão Label Red é o epítome do SUV desportivo que é muito bom a andar em reta... SOLUçOS Mesmo antecipando a travagem, para transportar mais velocidade para a curva, O XM Label Red é demasiado grande para ser ágil. A direção é rápida e razoavelmente comunicativa, mas as correções são lentas. e como corrigir um elefante na esperança de que este tenha a capacidade de reação de um gato. A tração integral M xDrive tem programas de condução para cenários fora de estrada, mas não vale a pena inventar. A disponibilidade do conjunto híbrido é tanta que a esmagadora maioria da condução, , deixamos de fora apenas as provas de arranque =, pode ser feita no modo híbrido mais eficiente. Em caso de necessidade basta esmagar o acelerador para acordar a fúria dos 748 cv e 1000 Nm. Em estrada o sistema funciona sem a mais pequena quebra. Jáem cidade fomos surpreendidos por alguma imprecisão nas transições entre motores e, principalmente, na passagem da condução “ à vela” para o motor elétrico. Há um pequeno solavanco, como um soluço, que não acontece em outras motorizações PHEV da BMW. Dos 78 km de autonomia EV anunciada conseguimos completar 75 km, o que é notável para um veículo com o peso e as dimensões do XM Label Red. Sem acesso aos carregamentos rápidos, o carregador interno de 11 kW precisa de três horas para repor a totalidade da carga.com a bateria cheia e o modo híbrido selecionado, registámos uma média de 5,3 l/100 km e 24,4 kWh/100 km. Naturalmente que não é preciso muito para triplicar o consumo de gasolina... Limitando as diferenças para a restante gama XM à mecânica, o Label Red continua a ser um SUV onde os limites para o equipamento são definidos pela imaginação. O conforto estacionário é irrepreensível, com espaço de sobra para as pernas em todos os lugares e bancos aquecidos nas duas filas. a frente não faltam funções de massagem e ventilação. Tudo controlado a partir do ecrã gigante do BMW Live Cockpit Professional, no qual corre uma versão específica M do Sistema Operativo 8 da BMW. é preciso mover o seletor da caixa para D e acelerar para perceber como a suspensão é firme, longe da afinação confortável dos SUV convencionais. é também em movimento que o ruído aerodinâmico proveniente das janelas começa a interferir com o ambiente sonoro criado pelo sistema de som Surround Bowers & Wilkins Diamond. COMO UM TROVaO Se estivéssemos a conduzir um BMW M5 seríamos os primeiros a ignorar estes pormenores. Provavelmente nem dávamos por eles. Mas não estamos a pilotar um superdesportivo disfarçado de berlina. Estamos a conduzir um SUV armado em desportivo que, embora convença pela capacidade brutal de aceleração e disponibilidade infinita do v8, falha no essencial: não curva rápido. O BMW M5 também já chegou a um patamar de potência que o torna impróprio para desfrutar em estrada. Mas basta levá-lo a uma pista para libertar todo o potencial de engenharia do departamento M da BMW. Não conduzimos O XM Label Red em pista, mas conhecemos o suficiente de física para reconhecer que é tempo perdido. Se o objetivo é a condução desportiva propulsionada por um motor v8 4.4 com genes BMW, o M5 continua a ser a melhor opção. E também substancialmente mais barato (168 000 EUR). A versão M5 Touring (170 000 EUR) pode ser uma opção para quem valorize a funcionalidade. O que nos deixa perante um SUV com 748 cv e um preço base de 223 822 EUR. é O BMW mais potente de sempre e apenas o segundo modelo a ser desenvolvido inteiramente pela divisão BMW M. Para além de ter uma presença imponente e soar como um trovão. Se não ficou com vontade de correr para um concessionário BMW é porque SUVs desportivos que aceleram como uma bala não são a sua praia. O PRESENçA e impossível ficar indiferente à presença do BMW XM. A grelha iluminada e as óticas rasgadas criam uma imagem feroz. As jantes de 22 polegadas não convidam a aventuras fora de estrada. Ao contrário da tração integral M xDrive e dos 220 mm de altura ao solo A VERSàO LABEL RED ACRESCENTA 95 CV E 200 NM AO BMW XM COM O MESMO V8 4.4 TWIN-TURBO A TRAçaO INTEGRAL M XDRIVE E OS 1000 NM PERMITEM AO SUV DE 2,8 TONELADAS ACELERAR ATé AOS 100 KM/H EM 3,8 SEGUNDOS iDRIVE 0 comando rotativo resiste na consola central. O volante tem boa pega e os tradicionais botões programáveis M1 e M2. Os Sistema Operativo 8 tem uma capa específica BMW M BMW XM LABEL RED PREçO 223 822 EUR (246 011 EUR VERSaO ENSAIADA) MOTOR GASOLINA VB 4395 CC (HíBRIDO PLUG-IN) | POTéNCIA 748 Cv (550 KW)/5600 RPM | BINaRIO MAX.1000 NM/1800-5400 RPM CAIXA AUTO B VEL. TRAçaO INTEGRAL ACEL. 0-100 KM/H 3,8 SEG. | VEL. MAX. 290 KM/H | CONSUMO 5,3 L/100 KM (2 L+) CAPACIDADE DA BATERIA 29,5 (25,7 úTEIS) KWH AUTONOMIA ELéT. 75 KM (78 KM*) TEMPO DE CARGA (11 kW) 3 H COMP: 5,11 LARG. 2 ALT. 1,76 (METROS) DIST. ENTRE EIXOS 3,11 (METROS) | BAGAGEIRA 527-1820 (LITROS) *VALOR ANUNCIADO o PRESTAçõES | TRAVôES MOTOR O PREçO RUIDO AERODINaMICO PESO RICARDO MACHADO