A Garagisti and Co. apresentou o GP1, a sua interpretação do que é um superdesportivo analógico em 2025, com mecânica pura, mas sempre com a tecnologia de vanguarda, principalmente no campo da aerodinâmica. A condução foi apurada por Mario Escudero, o mesmo que fez 13 mil quilómetros num ano ao volante de um Lamborghini Countach, daí ter a experiência do que um superdesportivo precisa de ter para uma condução exemplar, algo que a equipa da Garagisti and Co. aproveitou para a concepção do GP1. A carroçaria do GP1 é construída com recurso a fibra de carbono e foi desenhada por Angel Guerra, que trabalhou também no Bugatti Mistral e Tourbillon, assim como no Rimac Nevera, e teve bastante inspiração nos desenhos de Marcello Gandini para o Lancia Stratos Zero, protótipo apresentado no Salão de Turim de 1970. Apesar de não ter muitos apêndices aerodinâmicos, pelo menos à vista, o difusor traseiro não deixa dúvidas que este automóvel vai buscar a força descente ao efeito solo, com 850kg, um valor extraordinário para um automóvel com um peso a rondar uma tonelada. O motor V12 foi desenvolvido completamente de raíz para o GP1 pela Italtecnica, a mesma empresa que concebeu os motores V12 para o Maserati MC12 GT1 e Ferrari 550 GTC. Tem uma cilindrada de 6,6L, duas árvores de cames em cada cabeça, sistema de lubrificação por cárter seco, quatro válvulas por cilindro e um redline que se inicia às 9.000rpm. A potência máxima situa-se nos 800cv às 8.500rpm e um binário de 700Nm. Acoplado ao motor está uma caixa manual de seis velocidades produzida pela Xtrac. A Brembo é a responsável pelo sistema de travagem, assim como a Öhlins pela suspensão. No final a DEXET Technologies encarrega-se de fazer tudo funcionar correctamente, o que não deverá ser difícil, uma vez que esta empresa tem experiência no desenvolvimento de sistemas para a Fórmula 1 e para o WEC. O interior, com bastante luxo e até conforto, com muita pele, tem o seu desenho inspirado claramente no Porsche Carrera GT. A produção será limitada a 25 unidades e os primeiros 12 compradores terão um papel importante no desenvolvimento do GP1. Posteriormente, a Garagisti and Co. irá conceber mais exemplares, mas numa versão destinada ao uso exclusivo em pista.