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OPINIÃO - DATA CENTERS

Templário (O)

2025-08-17 21:07:08

A Meta Platforms Inc. prevê a necessidade de um data center "do tamanho da Ilha de Manha an" para acomodar a engenharia de 20.000 jovens técnicos que abrirá caminho para a temível nova era da inteligência artificial superior. Este e os seus sucessores estarão localizados nos EUA, onde quer que estejam disponíveis as enormes quantidades de energia e água necessárias; muito provavelmente em estados com um PIB que será ofuscado pela produtividade do colosso digital. Os data centers concebidos para Portugal podem não ser tão gigantescos, mas o seu impacto nas economias nacionais e regionais será impressionante. A sua chegada está a ser anunciada por um grupo bem pago de lobistas, inful enciadores, políticos profissionais e outros acólitos das Big Techs, que preveem, em êxtase, uma contribuição de até 26 mil milhões de euros para o PIB nacional até 2030. Afirma-se ainda que serão criados "cerca de 50.000 empregos a tempo inteiro", mas sem especificar que os gigantescos edifcios e máquinas serão em grande parte mantidos por robôs criados e controlados pela forma superior de IA que emergirá dos dados recolhidos pelos mecanismos digitais. Certamente, os serviços externos de jovens tecnocratas bem remunerados serão essenciais. A Google, a Meta, a Amazon e outros mestres da Nova Ordem Global estão atualmente num frenesim de recrutamento para um número limitado de "estrelas cadentes" e nómadas digitais, a maioria dos quais de nacionalidade norte-americana ou do Extremo Oriente. Os data centers são ativos estratégicos de entidades corporativas, quase na sua totalidade de origem americana ou chinesa. Os interesses e prioridades das suas partes interessadas não estão focados-nos da UE, que é amplamente considerada como o ninho para colocar o cuco cibernético. Deve-se ter muito cuidado na Conferência da Convergência Atlântica, que se realizará em Lisboa, de 28 a 30 de outubro, para garantir que a segurança soberana e o bem-estar económico de Portugal e da UE estão bem representadas e protegidas dos predadores. ROBERTO CAVALEIRO