LIVRE DE TARIFAÇO DE TRUMP, EMBRAER REFORÇA CAPITAL EM EUR220 MILHÕES PARA CARRO VOADOR
2025-08-17 21:02:04

Empresa brasileira, controladora da OGMA em Portugal, aumenta capital da subsidiária Eve Air Mobility para competir em mercados estratégicos, como o de carros voadores elétricos. Os artigos da equipa do PÚBLICO Brasil são escritos na variante da língua portuguesa usada no Brasil. Acesso gratuito: descarregue a aplicação PÚBLICO Brasil em Android ou iOS. Controladora da OGMA em Portugal, a fabricante brasileira de aviões Embraer reforçou em 230 milhões de dólares (220 milhões de euros) o capital de sua subsidiário Eve Air Mobility para competir em mercado estratégicos, como o de carros voadores elétricos (eVTOL). A empresa, que ficou livre do tarifaço de 50% sobre os produtos exportados pelo Brasil imposto pelo governo de Donald Trump, por ser grande fornecedora de aeronaves para voos regionais nos Estados Unidos, já tem 2.770 unidades dos novos veículos encomendadas. Os recursos para o capital da Eve saíram do caixa da BNDESpar, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que atua no mercado de capitais, por meio da subscrição de mais de 47 milhões de ações ordinárias da empresa. Em comunicado oficial, a Eve destacou que os Recibos de Depósitos Brasileiros (BDRs) foram listados na Bolsa de Valores de São Paulo e no mercado norte-americano. Os carros voadores elétricos da subsisiária da Embraer poderão acomodar cinco pessoas e terão até 100 quilômetros de autonomia. Quer receber notícias do PÚBLICO Brasil pelo WhatsApp? Clique aqui. Johann Bordais, CEO da Eve, enfatizou que a captação de recursos via BNDESpar representa um marco significativo na jornada da empresa. Os 220 milhões de euros, acrescentou ele, darão impulso ao projeto de transformar a mobilidade urbana no Brasil e no mundo. Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o objetivo do governo brasileiro é investir na transição para um futuro de transporte mais limpo e inteligente. Os carros voadores elétricos serão fabricados na unidade de Taubaté, interior de São Paulo. Investidores No entender de Eduardo Couto, diretor financeiro da Eve, a listagem das ações da empresa nas bolsas de valores de São Paulo e de Nova York está alinhada a esforço para diversificar a base de investidores que dão suporte à companhia. A controladora Embraer tem forte presença no mercado financeiro norte-americano e pretende investir pelo menos 1 bilhão (mil milhões) de dólares nos Estados Unidos para a fabricação de aviões. Esse plano tem a ver com as estreitas ligações que da fabricante brasileira, que tem base importante em Portugal, com pelo menos seis empresas aéreas norte-americanas, que utilizam aeronaves produzidas no Brasil. Foi essa proximidade, por sinal, que livrou a Embraer do tarifaço imposto por Trump - 10% anunciados em abril (que a empresa está tendo de arcar), mais 40% adicionais que passaram a valer em 6 de agosto. Para além dos empregos, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, observou que a cadeia de negócios da empresa nos Estados Unidos é bem maior do que se imagina. "Compramos motores de aviões, válvulas complexas, montamos aviões e temos oficinas de manutenção", explicou. Ele acrescentou que a Embraer paga impostos em mais de 30 estados norte-americanos, sendo que a maior base da companhia está na Flórida. "Estamos lá há 45 anos", frisou. Promo App PÚBLICO BrasilUma app para os brasileiros que buscam informação. Fique Ligado! tp.lisarbocilbup@solecnocsavsolrac Carlos Vasconcelos