pressmedia logo

VOLKSWAGEN VENDE POTÊNCIA EXTRA POR SUBSCRIÇÃO NO ELÉTRICO ID.3

TugaTech Online

2025-08-16 21:04:10

A era das subscrições parece não ter limites e está a chegar de forma definitiva ao mundo automóvel. Depois dos assentos aquecidos e outras funcionalidades, a Volkswagen decidiu ir mais longe e vender potência como um serviço mensal para os seus veículos elétricos no Reino Unido, uma medida que está a gerar controvérsia. Uma subscrição para desbloquear a potência do seu carro Os proprietários dos modelos elétricos ID.3 Pro e Pro S da Volkswagen no Reino Unido podem agora pagar uma taxa para desbloquear todo o potencial do hardware pelo qual já pagaram. A subscrição aumenta a potência dos veículos dos 201 cv padrão para os 228 cv que o motor é capaz de fornecer. Essencialmente, o carro já vem de fábrica com a capacidade máxima, mas esta encontra-se bloqueada por software. A subscrição funciona como uma chave digital que liberta a potência adicional, oferecendo uma experiência de condução descrita pela marca como "mais desportiva". Quanto custa a potência extra? Para desbloquear os cavalos adicionais, os clientes têm várias opções de pagamento. A subscrição mensal tem um custo de 16,50 libras (cerca de 19,50 euros), enquanto o plano anual fica por 165 libras (aproximadamente 195 euros). Existe também uma opção de subscrição "vitalícia" por um pagamento único de 649 libras (cerca de 765 euros). No entanto, esta modalidade está associada ao veículo e não ao proprietário. Se vender o carro e comprar um novo ID.3, terá de pagar a taxa novamente para ter acesso à mesma funcionalidade. A justificação da Volkswagen e a controvérsia Numa declaração à BBC, a Volkswagen defendeu a sua decisão, afirmando que a capacidade de comprar mais potência "não é novidade". Um porta-voz da fabricante alemã traçou um paralelo com o passado, explicando que "historicamente, muitos veículos a gasolina e diesel foram oferecidos com motores do mesmo tamanho, mas com a possibilidade de escolher um com mais potência". A empresa argumenta que esta opção permite aos clientes obter uma experiência de condução mais desportiva a qualquer momento, sem o compromisso de um preço inicial mais elevado. Contudo, a ideia de pagar uma taxa recorrente para ativar uma funcionalidade de hardware já existente não agrada a todos os consumidores, que sentem que deveriam ter acesso a tudo o que o produto que compraram pode oferecer. Uma tendência preocupante no setor automóvel? Esta prática de bloquear funcionalidades através de software não é um caso isolado. Recentemente, a Hyundai foi alvo de críticas por cobrar aos proprietários britânicos do Ioniq 5 por uma atualização de cibersegurança crucial. A atualização visava corrigir uma falha de segurança grave que tornava o Ioniq 5, o Kia EV6 e o Genesis GV60 alguns dos carros mais roubados no país. Com este tipo de modelos de negócio a tornarem-se mais comuns, é provável que surjam tentativas de "jailbreak" para desbloquear o desempenho dos veículos sem pagar a taxa recorrente, abrindo um novo capítulo na relação entre fabricantes e consumidores na era digital. [Additional Text]: VW ID.3