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CIBERSEGURANÇA NA PERSPETIVA DA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Hipersuper Online

2025-08-07 21:03:13

Cibersegurança na perspetiva da transição energética Acredito que a segurança digital é essencial a uma transição energética eficaz e que só com sistemas digitais robustos será possível escalar soluções descentralizadas e inteligentes de forma segura e sustentável. 11:12Amândio Ferreira Partilhar Facebook Whatsapp LinkedinSobre o autorAmândio Ferreira Responsável pela área de Inovação da Elergone Energia Mais artigos A temática da energia assume hoje uma complexidade crescente, num setor marcado por transformações profundas, desde a produção, passando pela transmissão, distribuição e consumo de energia. A transição energética veio permitir, por exemplo, que consumidores - empresariais ou domésticos - se tornem também produtores, adotem soluções de mobilidade elétrica, armazenem energia e interajam com a sua vizinhança e com a rede elétrica de forma cada vez mais ativa. Este novo paradigma, mais distribuído e descentralizado, resulta num aumento significativo do número de equipamentos instalados e, consequentemente, num crescimento exponencial da quantidade de dados disponíveis. A operação eficiente de sistemas distribuídos exige soluções digitais robustas e escaláveis, capazes de integrar informação proveniente de múltiplos equipamentos, bem como de diferentes fontes de dados. Este contexto tem conduzido à crescente aplicação de Inteligência Artificial para a otimização de ativos energéticos distribuídos, maximizando a utilização de recursos renováveis bem como a automação de processos. Na Elergone Energia consideramos que a construção de um setor elétrico mais renovável, descarbonizado e descentralizado só será verdadeiramente eficaz se o caminho da transição energética for trilhado de mãos dadas com a digitalização do setor elétrico. A introdução de conectividade e integração entre edifício, fontes de dados externas, operadores de rede, e outros, levanta um conjunto de desafios relevantes em matéria de cibersegurança que não podem ser ignorados. A crescente digitalização do setor energético, embora essencial para o desejado aumento da sua eficiência, robustez e flexibilidade, torna-o também mais suscetível a ataques e intrusões. A proteção destes sistemas exige uma abordagem integrada, que combine arquiteturas seguras de comunicação com encriptação e autenticação forte, monitorização contínua de acessos e comportamentos anómalos, atualizações regulares de firmware e software em equipamentos conectados, bem como formação e sensibilização dos utilizadores, que continuam a ser um dos principais vetores de risco. Trabalhamos continuamente para garantir soluções robustas do ponto de vista da cibersegurança, recorrendo ao suporte de equipas experientes e altamente especializadas nesta temática. Desta forma, é garantida a integração de requisitos de segurança desde as fases iniciais de conceção, assegurando que os princípios de proteção estão incorporados na arquitetura dos sistemas. Esta abordagem permite mitigar riscos como acessos indevidos a dados, interrupções de serviço e outros tipos de ameaças, promovendo a resiliência e a confiabilidade dos serviços, contribuindo para a segurança de infraestruturas críticas. Em casos de falhas de sistemas externos ou de terceiros, temos prevista a funcionalidade dos serviços de forma a estes continuarem a operar corretamente. Ou seja, se uma plataforma externa ou se o acesso à internet do próprio edifício for comprometido, os ativos energéticos ajustam automaticamente o seu funcionamento para um modo desconectado, mantendo um desempenho adequado e evitando disrupções. Já num cenário extremo de falha da rede elétrica - resulte ela de um ataque informático ou não - pretende-se que o edifício continue a operar tirando partido, de uma forma integrada, dos ativos energéticos existentes, sejam eles geradores, painéis fotovoltaicos ou baterias de armazenamento, maximizando a autonomia do edifício a operar em modo isolado e por sua vez aumentando a resiliência e robustez. Acredito que a segurança digital é essencial a uma transição energética eficaz e que só com sistemas digitais robustos será possível escalar soluções descentralizadas e inteligentes de forma segura e sustentável. A cibersegurança não é um tema paralelo à energia, é parte integrante deste novo paradigma. Sobre o autorAmândio FerreiraResponsável pela área de Inovação da Elergone EnergiaMais artigos [Additional Text]: Amândio Ferreira