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EDITORIAL - BOAS ENERGIAS PARA O SETOR

Automotive

2025-08-05 21:07:05

Nesta edição tão completa e variada, procuramos proporcionar ao leitor a abrangência da área automotiva, que é a paixão e o ganha-pão de muitos. A economia depende fortemente deste setor e como tal, é indispensável ter profissionais capacitados, competentes, conhecedores e acima de tudo, excelentes gestores; não só a nível profissional, mas e especialmente a nível pessoal. Tivemos a notícia da venda da Iveco, que divulgamos apenas no site, dar espaço na revista para maus exemplos não favorece as boas energias que o setor tem para dar e vender. Fruto da má gestão, cujas causas abordámos no editorial anterior, esta empresa teve excelentes profissionais que ao longo do tempo foram-se afastando, saindo ou até mesmo tornaram-se “invisíveis” ou “inexistentes”. Sem capacidade de ultrapassar as dificuldades impostas pelos superiores e/ou pelos problemas estruturais da empresa; uma morte anunciada. Falemos de vida, de férias e também de um pouco de descanso; pois nem só de trabalho vive a humanidade. Férias para uns, para outros, mais oportunidades de negócios; conforme a empresa e os profissionais. O importante é estar preparado. E especialmente bem apetrechado, com um carro seguro, confortável e que as funcionalidades, tais como suspensões, potência do motor, ar condicionado, etc. não sejam geridas por subscrições, pois com ou sem custos , ambas necessitam de atualizações. Alguns carros são apenas hardware, a mecânica só funciona mediante o pagamento e respetiva atualização que desbloqueia o software. A BMW foi uma das primeiras a implementar este sistema que obviamente falhou e a própria BMW teve de recuar na sua estratégia de subscrições. O SDV (Software-Defined Vehicle), não só defraudou os compradores, como também gerou descontrolo financeiro para as pessoas que aderiram; se por alguma razão o pagamento não se concretizou, o veículo parou! Adicionalmente há a famosa e bem conhecida de todos, a obsolescência programada, que dizem existir nos eletrodo-mésticos digitais, computadores, smartphones, parece fazer também parte do pacote do SDV. Seja por maior confiança, por não querer ser enganado, não ficar horas à espera para carregamentos, ou até e especialmente pelos preços serem mais justos, acessíveis e disponíveis, os carros usados têm sido a tendência dos particulares e inclusive das frotas. Um gestor competente e atualizado, sabe qual a melhor viatura a adquirir pela empresa, que minimize o seu custo ao longo do tempo e não deixe o funcionário "apeado". O estudo que publicamos da Arval nesta edição, demonstra esse fenómeno nas frotas portuguesas. O carro usado requer acompanhamento, peças e manutenção, o pós-venda não pode se queixar de falta de clientela. As empresas de manutenção e reparação estão com tempos de espera que variam de acordo com a capacidade produtiva de cada empresa , alguns preparados para respostas mais rápidas, outros com tempos de espera piores do que os do Serviço Nacional de Saúde! Nesta edição destacamos a Sparkes & Sparkes e a FLS Motor, exemplos reveladores do resultado dos investimentos feitos na gestão da empresa, na atualização dos equipamentos, na formação continua dos profissionais, no apoio ao cliente e na capacidade de valorizar e expandir os seus recursos. Falemos de prosperidade. A usufruir deste bom momento estão também os fabricantes e remanufaturadores de peças e componentes automóveis. Alguns têm registado crescimento de 30% ao ano, como noticiamos nesta edição. São sinais positivos para o mercado, tendo em conta que muitos destes fabricantes também operam no mercado do primeiro equipamento (OEM). Demonstração de competência, antecipação, capacidade de adaptação à mudança, mesmo que seja um retorno, desde que positivo à paixão que tanto nos move que é ao setor automotivo. Eduardo Gaspar