A Piscina de Dume foi o palco, ontem, de mais uma emissão das Manhãs nas Freguesias . Francisco Silva foi o convidado para uma conversa sobre uma União de Freguesias que se assume ponto nevrálgico no desenvolvimento da cidade e concelho. Real, Dume e Semelhe foi, ontem, o palco de mais edição do programa Manhãs nas Freguesias , da rádio Antena Minho, CMinho TV e jornal Correio do Minho.com cerca de 16 mil habitantes, estas freguesias - agregadas desde 2013 - caracterizam-se pela história e património, destacando-se, em termos geográficos, desde logo Real, “quase urbana com diversos equipamentos e infra-estruturas”, sendo “uma das freguesias que mais cresceu no concelho”. Nesta radiografia feita pelo autarca Francisco Silva, apesar da “mescla de ruralidade” ainda existente, Dume e Semelhe “são duas freguesias que irão crescer imenso em termos de futuro” e a própria revisão do PDM coloca a união de freguesias “no epicentro do crescimento e desenvolvimento concelhio”. “A União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe é central no crescimento do concelho e do seu desenvolvimento em termos de mobilidade, por exemplo. A estação do TGV, se não for em Semelhe, é ali ao lado. Está prevista em Semelhe, junto à Rua das Mimosas, mas penso que pode ser deslocada um pouco mais à frente, mas a linha do TGV vai passar em Semelhe”, sublinhou o presidente da União de Freguesias, lembrando ainda, nesta questão da mobilidade, “um projecto que poderia resolver muitos problemas na nossa freguesia e no próprio concelho”. “A construção da variante do Cávado, que vai atravessar Semelhe e que vai também resolver e mitigar o problema que se sente, em Enfias. E com a passagem da variante, a cidade cresce para esta zona. Porque o modelo de variante que está a ser construído, é uma variante distributiva, semelhante à variante de Fojo, ou se-ja, que está à cota dos terrenos, dos arruamentos e que vai distribuindo e trazendo as saídas para as freguesias. E, aí, penso que vai desenvolver bastante”, referiu, defendendo “acessibilidades condignas e seguras” para aceder aos novos loteamentos que poderão dar resposta à falta de habitação. Segundo o presidente, a mobilidade e habitação são, de resto, as principais dores de crescimento e desafios da União de Freguesias: “acho que o PDM, no futuro, tem que ser mais arrojado, sobretudo nas freguesias, que têm por onde alargar, casos de Semelhe e Dume, porque o concelho ou a cidade tem que alargar, tem que alargar para estas zonas. Nesta revisão, em Dume, foi razoável e a maioria das propostas salvaguardadas, vai crescer bastante, mas, em Semelhe, onde temos que fixar os jovens, acho que ficou aquém, poderia ir mais além”. Fim de ciclo para autarca Francisco Silva Aos 53 anos, Francisco Silva - natural e residente na freguesia de Real - fecha o ciclo enquanto presidente da União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe, pelo Partido Socialista. Licenciado em Ensino de Português pela Universidade do Minho e mestre em Gestão Autárquica no IPCA, é professor do ensino básico e secundário e, depois de ter sido presidente da Junta de Freguesia de Real, cumpre o terceiro mandato na União de Freguesias.