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EUROPA FECHA SESSÃO NO VERMELHO SOB PRESSÃO DOS RESULTADOS. FERRARI PERDE 11%

Negócios Online

2025-07-31 21:07:03

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira. 17h53 João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt Europa fecha sessão no vermelho com pressão dos resultados. Ferrari perdeu 11% Os principais índices europeus fecharam a sessão desta quinta-feira com a maioria a registar perdas. O sentimento dos investidores voltou a ser pressionado por resultados pouco animadores das cotadas à medida que prossegue a época de apresentação de contas no Velho Continente. O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa - cedeu 0,75% para os 546,11 pontos. Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perdeu 0,81%, o britânico FTSE 100 recuou 0,05%, o holandês AEX desvalorizou 0,81%, o espanhol IBEX 35 ganhou 0,11%, o italiano FTSEMIB desvalorizou 1,56% e o francês CAC-40 cedeu 1,14%. Resultados pouco animadores têm atenuado os ganhos das ações europeias em julho, mês em que o Stoxx 600 registou uma valorização de apenas 0,88%, de acordo com dados da Bloomberg. Agora, o índice de referência enfrenta outros obstáculos nos próximos meses. Isto porque, historicamente, tem registado o seu pior desempenho nos meses de agosto e setembro, altura em que muitos investidores procuram reduzir as suas participações em cotadas. No plano empresarial, o setor automóvel sofreu as maiores perdas (-3,94%), com a Ferrari a cair quase 12%, depois de ter registado uma procura abaixo do esperado no segundo trimestre. Já o setor alimentar (-2,57%) foi pressionado pela queda superior a 11% da Anheuser-Busch InBev, após a maior cervejeira do mundo ter vendido menos do que o esperado durante o segundo trimestre. A ArcelorMittal, por sua vez, afundou o setor dos recursos naturais (-2,68%) com a segunda maior siderúrgica do mundo a desvalorizar quase 3%, depois ter reduzido a sua previsão para a procura de aço fora da China. Noutros movimentos do mercado, a Rolls-Royce destacou-se pela positiva ao pular mais de 8%, no seguimento de a fabricante de motores para aviões ter aumentado o seu "outlook", naquele que foi um dos dias mais movimentados em termos de apresentação de resultados. 17h50 João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt Juros das dívidas soberanas europeias com alívios em toda a linha Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram em toda a linha esta quinta-feira, num dia em que os principais índices bolsistas do Continente registaram pesadas perdas. Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 1,6 pontos-base, para 3,113%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 1,7 pontos, para 3,270%. Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu 1,1 pontos-base para 3,346%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram igualmente 1,1 pontos para 2,692%. Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguiram a mesma tendência e recuaram 3,5 pontos-base para 4,567%. 17h45 João Silva Jesus Petróleo recua com receios sobre tarifas e aumento inesperado de inventários nos EUA O preço do petróleo voltou a recuar esta quinta-feira, pressionado pela incerteza em torno das ameaças tarifárias do presidente norte-americano Donald Trump e por um aumento inesperado das reservas de crude nos Estados Unidos. O West Texas Intermediate (WTI) desce 0,80% para 69,44 dólares por barril, enquanto o Brent, referência para as importações europeias, cai 0,95% para 71,68 dólares. Ambos os contratos corrigem parte dos ganhos de cerca de 1% registados na sessão anterior. "O mercado antecipa as implicações dos anúncios de Trump antes de se recordar que estas intenções podem mudar rapidamente se houver acordo", afirmou Harry Tchiliguirian, da Onyx Capital Group, citado pela Reuters. O analista acrescentou que "estamos a assistir a uma reavaliação até haver mais clareza". Trump ameaçou impor tarifas secundárias de 100% a parceiros comerciais que continuem a comprar petróleo russo, caso Moscovo não faça progressos para pôr fim à guerra na Ucrânia no prazo de 10 a 12 dias, encurtando o calendário previamente anunciado de 50 dias. Washington avisou também a China, maior compradora do crude russo, que poderá enfrentar tarifas elevadas se mantiver as importações. Os preços do petróleo também refletiram o aumento de 7,7 milhões de barris nos inventários de crude dos EUA na semana terminada a 25 de julho, para 426,7 milhões, segundo dados do Departamento de Energia. O mercado esperava uma queda de 1,3 milhões de barris. Já as reservas de gasolina recuaram 2,7 milhões de barris, muito acima da previsão de apenas 600 mil, sinalizando procura robusta durante a temporada de condução no verão norte-americano. "O impacto no mercado acabou por ser neutro, com o aumento do crude compensado pelo forte consumo de gasolina", comentou Toshitaka Tazawa, analista da Fujitomi Securities. 17h43 João Silva Jesus Dólar sobe e mantém ganhos robustos em julho O dólar mantém-se em níveis elevados, prestes a fechar julho com o primeiro ganho mensal do ano. A esta hora, o índice do dólar sobe 0,15% para 99,97 pontos. Apesar do alívio nas últimas sessões, a divisa continua apoiada pela resiliência da economia dos Estados Unidos e pela sinalização da Reserva Federal de que não tem pressa em cortar juros. O presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou que ainda é necessário "mais confiança" de que a inflação caminha sustentadamente para os 2% antes de ajustar a política monetária, de acordo com a Reuters. O euro recupera algum terreno e sobe 0,19% para 1,1426 dólares, após ter atingido uma mínima de sete semanas na véspera. Ainda assim, a moeda única deve encerrar julho com uma desvalorização próxima de 3% face ao dólar. O iene japonês oscilava com volatilidade após a reunião do Banco do Japão (BOJ), que manteve os juros inalterados mas reviu em alta as previsões de inflação até 2027, alimentando especulações de que poderá avançar com um aumento da taxa diretora ainda este ano. Face ao iene, o dólar sobe 0,82% para 150,71 ienes. 17h40 João Silva Jesus Ouro valoriza com receios em torno de tarifas e cautela antes de dados laborais dos EUA O ouro está a valorizar esta quinta-feira, sustentado pela procura por ativos de refúgio num contexto de crescente incerteza comercial, a menos de 24 horas do prazo dado pela Casa Branca para impor novas tarifas. A esta hora, o metal precioso sobe 0,59% para 3.294,38 dólares por onça. A expectativa em torno do prazo de 1 de agosto estabelecido por Donald Trump para o fim das negociações comerciais está a intensificar a tensão nos mercados. "Temos assistido a um aumento da incerteza comercial à medida que nos aproximamos do prazo para as tarifas... é uma reativação da procura por ativos de refúgio", referiu Peter Grant, estratega da Zaner Metals, citado pela Reuters. O especialista destacou ainda que o ouro testou o intervalo médio das últimas sessões, nos 3.312 dólares por onça, e que "há espaço para mais otimismo se forem fixadas novas máximas semanais". A administração norte-americana voltou a subir o tom com uma série de anúncios de tarifas sobre bens importados do Brasil e da Coreia do Sul, incluindo cobre. A medida provocou um colapso nas cotações do metal base, com impacto por arrasto em outras matérias-primas. "Não surpreende que haja pressão vendedora na prata por simpatia com a derrocada do cobre", assinalou Jim Wyckoff, analista da Kitco Metals. Apesar da manutenção das taxas de juro pela Fed, Jerome Powell desvalorizou uma eventual descida já em setembro. Isto travou parte do entusiasmo nos mercados, embora o ouro continue apoiado pelo contexto de inflação elevada nos EUA e pela expectativa em torno dos dados de emprego que serão divulgados esta sexta-feira. 14h50 João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt Wall Street negoceia no verde com tecnológicas a impulsionar. Microsoft já vale mais de 4 biliões de dólares Os principais índices norte-americanos negoceiam em terreno positivo, à medida que um "rally" das grandes empresas tecnológicas segue a impulsionar o valor das ações das cotadas norte-americanas. Além disso, a atenção vira-se para os últimos dados sobre a inflação, depois de ontem a Reserva Federal (Fed) ter decidido manter as taxas diretoras inalteradas pela quinta vez consecutiva. O S&P 500 avança 0,66% para os 6.404,58 pontos, o Dow Jones soma 0,05% para 44.481,89 pontos e o Nasdaq Composite ganha 1,14% para 21.370,84 pontos. Tanto o S&P 500 como o tecnológico Nasdaq abriram em máximos históricos. Os resultados da Microsoft e da Meta, apresentados esta quarta-feira, dia 30 de julho, foram recebidos pelos investidores com otimismo, sobretudo no que toca ao investimento das empresas em inteligência artificial. A Microsoft, que ganha a esta hora 5,36%, e acaba de se tornar a segunda empresa a atingir uma capitalização de mercado de 4 biliões de dólares, ficando apenas atrás da Nvidia. Já a Meta segue a valorizar 12,37%, após ter apresentado ganhos sólidos. As duas gigantes tecnológicas registaram subidas expressivas das vendas em torno dos 20%, que superaram as previsões de Wall Street, dando um sinal de otimismo ao mercado. No plano económico, o indicador preferido da Fed para a inflação - o índice de preços das despesas pessoais de consumo (PCE) - acelerou em junho. O "core" PCE aumentou 0,3% em relação a maio e 2,8% em termos homólogos. "A inflação continua a ser persistente e justifica a decisão da Fed de manter as taxas de juro inalteradas na reunião de quarta-feira", disse à Bloomberg Clark Bellin da Bellwether Wealth. "O mercado de ações não precisa de cortes nas taxas para subir e já registou fortes ganhos até agora este ano sem nenhum corte nas taxas", acrescentou o especialista. Dados separados mostraram ainda que os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA subiram em mil pedidos em relação à semana anterior, para um total de 218 mil pedidos na quarta semana de julho, valor que fica abaixo das expectativas do mercado de 224 mil. No plano empresarial, os investidores viram-se hoje para os resultados da Amazon e da Apple, apresentados após o fecho dos mercados. Entre as restantes "big tech", a Nvidia soma 1,15%, a Alphabet perde 1,21%, a Amazon avança 1,21% e a Apple cede 0,086%. 13h13 Lusa Taxa Euribor desce a três e seis meses face a quarta-feira A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três e seis meses e subiu a 12 meses face a quarta-feira, e termina julho com a média mensal a avançar nos dois prazos mais curtos e a recuar no mais longo. Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que recuou para 2,008%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,075%) e a 12 meses (2,126%). Em relação às médias mensais da Euribor, estas inverteram a tendência dos últimos meses e subiram ligeiramente nos dois prazos mais curtos, mas de forma mais acentuada a seis meses. Já a 12 meses, depois de se ter mantido em junho, a média da Euribor desceu, 0,002 pontos para 2,079%. A média da Euribor em julho subiu 0,002 pontos para 1,986% a três meses e 0,005 pontos para 2,055% a seis meses. A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou, ao ser fixada em 2,075%, menos 0,010 pontos do que na quarta-feira. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,32% e 25,57%, respetivamente No prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou, ao ser fixada em 2,126%, mais 0,010 pontos. A Euribor a três meses recuou, para 2,008%, menos 0,009 pontos do que na sessão anterior e ficou acima de 2% pela quarta sessão consecutiva, depois de seis sessões abaixo de 2%. Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024. Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário. 10h43 João Silva Jesus Resultados animam bolsas europeias. SocGen dispara 6,5%. As bolsas europeias seguem em alta esta quinta-feira, impulsionadas pelos resultados trimestrais positivos, num dos dias mais intensos da época de apresentação de contas. O sentimento positivo é reforçado pelo bom desempenho das tecnológicas nos Estados Unidos, com a Microsoft e a Meta a superarem expectativas nos resultados divulgados ontem após o fecho dos mercados. O Stoxx 600, índice de referência europeu, sobe 0,13% para 550,98 pontos, liderado pelos setores da tecnologia e industrial. A banca também está em foco, com o francês Société Générale a disparar 6,5% após ter melhorado a sua orientação de lucros e aumentado o montante destinado a remuneração dos acionistas. "O panorama geral é positivo, com vários resultados acima do esperado", referiu Karen Georges, gestora da Ecofi, citada pela Bloomberg. A Rolls-Royce também está em destaque, com os títulos a valorizarem 11% após a fabricante britânica de motores para aviação ter revisto em alta as suas previsões para o ano, apoiada por um programa de poupança e forte procura. Em contraciclo, a Anheuser-Busch InBev mergulha 11%, penalizada por vendas de cerveja abaixo do esperado no segundo trimestre. Já a ArcelorMittal recua 3,5% depois de rever em baixa a procura global por aço fora da China, penalizando o setor mineiro, que é um dos mais pressionados da sessão, também por efeito das novas tarifas norte-americanas sobre algumas importações de cobre. Entre as principais praças europeias, Madrid lidera os ganhos com um avanço de 0,89%, seguida por Frankfurt, que soma 0,35%. Londres sobe 0,31%, enquanto Amesterdão valoriza 0,18% e Paris perde 0,23%. A bolsa de Milão destaca-se pela negativa, com uma queda de 0,10%. Lisboa acompanha o sentimento positivo, com o PSI a somar 0,87% para 7.728,74 pontos, num dia de ganhos expressivos para os títulos do setor energético. A época de resultados tem mantido os índices próximos dos máximos do ano, mas os analistas alertam que agosto e setembro tendem historicamente a ser meses mais voláteis para o Stoxx 600. 10h12 João Silva Jesus Juros da Zona Euro aliviam em toda a linha As "yields" das obrigações soberanas da Zona Euro estão a recuar esta quinta-feira, com os investidores a avaliarem os últimos dados de inflação e a anteciparem os próximos sinais do Banco Central Europeu quanto à trajetória dos juros. A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos desce 1,7 pontos-base para 2,686%, enquanto os juros das obrigações francesas caem 1,8 pontos para 3,339%. Em Espanha, a dívida a 10 anos alivia 2,1 pontos para 3,266% e, em Itália, os juros descem 2,2 pontos para 3,495%. Em Portugal, a tendência é idêntica, com a "yield" a cair 2,4 pontos-base para 3,104%, após ter registado um ligeiro aumento na sessão anterior. Fora da Zona Euro, as "gilts" britânicas acompanham também o recuo, com uma diminuição de 3,4 pontos-base para 4,568%. 09h35 João Silva Jesus Dólar recua ligeiramente mas mantém-se firme no mês. Iene ganha tração O dólar está a recuar ligeiramente esta quinta-feira, com o índice DXY a desvalorizar 0,14% para os 99,6730 pontos, embora mantenha um ganho acumulado de cerca de 3% no mês, impulsionado pela resiliência económica dos EUA e por uma política monetária ainda restritiva. A esta hora, o euro avança 0,38% para 1,1448 dólares, recuperando parte das perdas recentes e ganha 0,25% face à libra, para 0,8637 libras esterlinas. A moeda britânica valoriza 0,13% frente ao dólar para 1,3254 dólares. Em relação à divisa nipónica, o dólar perde 0,05% para 149,43 ienes, depois do Banco do Japão ter mantido as taxas inalteradas mas revisto em alta as projeções de inflação, numa sinalização de possível endurecimento monetário nos próximos meses. "Há agora uma justificação clara para um novo aumento de juros ainda este ano", afirmou Khoon Goh, do ANZ, citado pela Reuters. O dólar também perde terreno face ao franco suíço, recuando 0,27% para 0,8126 francos. Já o euro sobe 0,33% face ao iene para 171,07 ienes e valoriza 0,07% frente ao franco suíço para 0,9302 francos suíços. 09h16 João Silva Jesus Petróleo mantém ganhos com tensões geopolíticas a sustentarem risco no fornecimento Os preços do petróleo mantêm-se em alta esta quinta-feira, com os investidores a avaliarem os riscos crescentes para a oferta, num contexto de intensificação da pressão dos EUA sobre países como a Rússia, Irão, Índia e China. A esta hora, o Brent sobe 0,07% para 73,29 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) avança 0,10% para 70,07 dólares. De acordo com a Bloomberg, o Brent fechou ontem na cotação mais elevada desde 20 de junho, impulsionado pelo endurecimento da política externa norte-americana. O presidente Donald Trump ameaçou aplicar tarifas de 25% às exportações indianas e penalizações às compras de crude russo por parte daquele país, no que tem sido descrito como um movimento de "sanções secundárias". Já a China, o maior comprador de petróleo russo, foi igualmente advertida sobre possíveis tarifas caso continue a importar da Rússia. O mesmo tom punitivo foi aplicado ao Irão, com Washington a anunciar novas sanções sobre mais de 115 entidades e indivíduos ligados ao setor energético iraniano, sendo este o pacote mais abrangente desde 2018. "As medidas em relação ao Irão e à Índia reforçam os receios de um aperto na oferta, com impacto também nos produtos refinados como o gasóleo", nota a Bloomberg. Apesar da retórica agressiva, o mercado mostra-se cauteloso quanto à possibilidade de Trump avançar com ações que provoquem uma corrida sustentada no crude. "O mercado parece relutante em testar os limites da administração, o que mostra que o prémio de risco associado à Rússia continua presente nos preços", apontou Vandana Hari, da Vanda Insights. Por outro lado, os dados da Administração de Informação de Energia (EIA) revelaram uma subida inesperada dos inventários de crude nos EUA em 7,7 milhões de barris na semana passada, a maior desde janeiro. Ainda assim, a forte queda nas reservas de gasolina, de 2,7 milhões de barris, sugere uma procura robusta durante a época alta de condução, o que ajudou a mitigar o impacto negativo da acumulação de crude, segundo analistas citados pela Reuters. O mercado segue agora atento à reunião da OPEP+ marcada para o fim de semana, onde será discutida a política de produção para setembro, com expectativas de um novo aumento robusto da oferta. 09h04 João Silva Jesus Ouro recupera com incertezas comerciais a apoiarem procura por refúgios O ouro está a registar ganhos esta quinta-feira, recuperando das perdas da sessão anterior, impulsionado pelas novas incertezas comerciais resultantes de anúncios tarifários dos Estados Unidos. A esta hora, o metal precioso segue a valorizar 0,82% para 3.302,03 dólares por onça, depois de na véspera ter tocado mínimos de um mês. Segundo a Reuters, o ouro beneficiou do reforço da procura por ativos considerados refúgio, após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar uma série de tarifas adicionais, incluindo um imposto de 15% sobre importações da Coreia do Sul e a imposição de tarifas de 25% sobre bens provenientes da Índia, com entrada em vigor já esta sexta-feira. As isenções para encomendas internacionais de pequeno valor foram também eliminadas. "O ouro abaixo dos 3.300 dólares voltou a atrair compradores à procura de valor, sobretudo num ambiente económico incerto, reforçado pelas ameaças tarifárias secundárias de Trump", afirmou Tim Waterer, analista da KCM Trade, citado pela Reuters. Apesar do apoio vindo do lado da geopolítica, o otimismo em relação a um corte de juros pela Reserva Federal dos EUA em setembro perdeu força, após a decisão de ontem da Fed de manter os juros inalterados. As declarações do presidente Jerome Powell também arrefeceram as expectativas, ao sublinhar que a política monetária continua "bem posicionada" e alertar que "ainda há muitas incertezas por resolver", segundo a Bloomberg. A redução das apostas num corte já em setembro, com os mercados a atribuírem agora menos de 50% de probabilidade, limitou algum do ímpeto da recuperação. Ainda assim, o dólar recuou ligeiramente, o que também ajudou o ouro ao torná-lo mais acessível para investidores com outras divisas. Nos outros metais preciosos, a prata recua 1,89% para 37,03 dólares por onça, enquanto a platina desce 0,07% para 1.312,15 dólares. 07h45 Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt Investidores ignoram novos acordos e atiram Ásia para o vermelho. Europa em alta As principais praças asiáticas encerraram a sessão desta quinta-feira maioritariamente no vermelho, com o Japão a escapar a esta tendência, num dia em que os investidores navegam por entre uma série de resultados trimestrais, decisões de bancos centrais e ainda novos desenvolvimentos a nível comercial. Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura no verde, com o setor tecnológico a ser o maior impulsionador. Os bons resultados da Meta e da Microsoft estão a animar os mercados e a apontar para uma resiliencia das tecnológicas face a um cenário de grande volatilidade e incerteza. "Os lucros fortes e as previsões para o resto do ano dos pesos-pesados do Nasdaq estão a reforçar a narrativa em torno da inteligência artificial", que, já há alguns anos, vive em autêntica euforia, explica Gary Tan, analista da Allspring Global Investments, à Bloomberg - uma realidade que pode ser ainda mais reforçada com a apresentação de contas da Apple e da Amazon, esta quinta-feira. No entanto, o otimismo não foi suficiente para afastar algumas preocupações locais nas principais praças asiáticas. Pela China, o Hang Seng, de Hong Kong, caiu mais de 1,5%, enquanto o Shanghai Composite cedeu 1,2%, isto depois de ter sido revelado que a atividade industrial no país deteriorou-se em julho para surpresa dos investidores, atingindo mínimos de três meses. Na Coreia do Sul, e apesar de o país até ter conseguido chegar a um acordo comercial com os EUA, o Kospi acabou por não conseguir terminar à tona, perdendo 0,52%. Os investidores mostram-se cada vez menos otimistas em relação aos entendimentos alcançados entre Washington e os seus parceiros comerciais, numa altura em que parece pesar mais o impacto económico das tarifas do que, propriamente, a sua magnitude. Já pelo Japão, o abrangente Topix e o seleto Nikkei 225 conseguiram escapar às perdas, ao valorizarem 0,79% e 1,08%, num dia marcado pela decisão do banco central do país em não restringir a sua política monetária, mantendo as taxas de juro inalteradas em 0,5% - é a quarta vez que consecutiva que a autoridade monetária opta por este caminho. Negócios jng@negocios.pt João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt João Silva Jesus João Silva Jesus João Silva Jesus João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt Lusa João Silva Jesus João Silva Jesus João Silva Jesus João Silva Jesus João Silva Jesus Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt Negócios jng@negocios.pt