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EUROPA FECHA DIVIDIDA EM PLENA ÉPOCA DE RESULTADOS. ASTON MARTIN PERDE QUASE 10%

Negócios Online

2025-07-30 21:06:37

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira. 18h00 João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt Europa fecha dividida em plena época de resultados. Aston Martin perdeu quase 10% Os principais índices europeus fecharam a sessão desta quarta-feira a registar uma maioria de avanços moderados, apesar de o índice de referência ter perdido terreno, num dos dias mais movimentados no que toca à apresentação de resultados trimestrais pelas cotadas do Velho Continente. O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa - cedeu 0,02% para os 550,24 pontos. Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX ganhou 0,19%, o britânico FTSE 100 subiu 0,01%, o holandês AEX desvalorizou 0,06%, o espanhol IBEX 35 pulou 0,23%, o italiano FTSEMIB somou 0,98% e o francês CAC-40 ganhou 0,06%. Resultados pouco animadores têm atenuado os ganhos das ações europeias no mês de julho. O Stoxx 600, que negoceia cerca de 2% abaixo do seu último máximo histórico, atingido em março, enfrenta agora outros obstáculos nos próximos meses. Isto porque, historicamente, o índice de referência tem registado o seu pior desempenho nos meses de agosto e setembro, altura em que muitos investidores procuram reduzir as suas participações em cotadas. No plano empresarial, o setor automóvel sofreu as maiores perdas (-1,93%), depois de empresas como a Mercedes-Benz (-3,42%) e a Aston Martin (-9,71%) terem reduzido o seu "outlook", citando o impacto das tarifas norte-americanas. Já os químicos (-1,75%) atingiram um mínimo de três meses devido aos fracos resultados da Symrise (-9,12%) e da IMCD (-12,49%). No setor financeiro, que fechou o dia a valorizar mais de 0,40%, o UBS avançou 1% depois de ter superado as expectativas do mercado, enquanto o HSBC caiu quase 5% com os lucros do banco a ficarem aquém do esperado. Os mercados viram-se agora para a decisão de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana, conhecida esta tarde, não se esperando qualquer mexida nas taxas diretoras por parte do banco central dos Estados Unidos (EUA). 17h53 João Silva Jesus Dados da inflação e crescimento económico deixam juros da Zona Euro com valores mistos As "yields" das obrigações soberanas da Zona Euro registaram avanços e recuos esta quarta-feira, num dia marcado pela expectativa em torno dos indicadores económicos da região. Os investidores acompanham com atenção os primeiros dados da inflação de julho e a evolução do crescimento económico no segundo trimestre. A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos recuou 0,3 pontos-base para 2,703%, enquanto os juros das obrigações francesas desceram 0,5 pontos para 3,357%. Ambas as leituras surgem após os dados do PIB do segundo trimestre mostrarem que a contração da economia alemã foi de 0,1%, em linha com o esperado, e que França cresceu acima do previsto, com um avanço de 0,3%. Em Portugal, os juros tiveram uma subida de 0,8 pontos-base para 3,128%. Espanha seguiu a mesma tendência, com um agravamento de 0,2 pontos para 3,287%. Já em Itália, os juros subiram 0,2 pontos para 3,518%. Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas recuaram 3 pontos-base para 4,602%, num dia em que o Reino Unido regressa ao mercado com uma emissão de dívida de longo prazo. 17h47 Pedro Barros Costa pedrocosta@negocios.pt Dólar acelera para máximos de dois meses após dados robustos dos EUA O dólar subiu para um máximo de dois meses, no seguimento de dados mais fortes que o esperado da economia dos EUA, como o crescimento económico e do emprego do setor privado, reduzindo ainda mais as perspetivas de cortes de taxas de juro pela Reserva Federal, o que favorece a moeda norte-americana. O índice do dólar DXY ganha 0,65% para 99,52, enquanto o euro perde 0,66% para 1,1470 dólares. Contra o iene, a moeda norte-americana sobe 0,36% para 149,04. O dólar acelerou depois de dados que revelaram uma subida de 3% da economia norte-americana no segundo trimestre, acima das previsões dos analistas. Os fortes números do PIB "afastam definitivamente a possibilidade de um corte das taxas pela Fed", assinala Isaac Stell, do Wealth Club, ao WSJ, antes de ser conhecida a decisão do banco central, agendada para esta quarta-feira. A reforçar o otimismo sobre a economia dos EUA, a ADP reportou a criação de 104.000 empregos do setor privado em julho, também acima das previsões. 15h33 João Silva Jesus Petróleo sobe ligeiramente com foco nas ameaças comerciais dos EUA à Índia e à Rússia Os preços do petróleo seguem a valorizar esta quarta-feira, à medida que os investidores avaliam os riscos de oferta associados à escalada da retórica dos Estados Unidos contra países que mantêm relações comerciais com a Rússia, especialmente no setor energético. Donald Trump ameaçou impor tarifas de 25% "mais uma penalização" à Índia, país que criticou por ser um dos principais compradores de petróleo russo. A ofensiva insere-se na tentativa de aumentar a pressão sobre Moscovo para alcançar um cessar-fogo na Ucrânia, com o presidente norte-americano a encurtar para 10 dias o prazo dado ao Kremlin para mostrar progressos nesse sentido, um endurecimento face ao prazo inicial de 50 dias. A esta hora, o Brent, referência para a Europa, avança 0,44%, para 72,83 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado nos EUA, ganha 0,49%, para 69,55 dólares. A ameaça de sanções secundárias por parte de Washington, que poderiam atingir países que continuam a importar petróleo russo, também visou a China. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, advertiu que Pequim poderá enfrentar tarifas elevadas se não reduzir essas compras. De acordo com analistas do JP Morgan, citados pela Reuters, enquanto a China dificilmente acatará as sanções norte-americanas, a Índia já deu sinais de que poderá alinhar com Washington, o que colocaria em risco até 2,3 milhões de barris por dia de exportações russas. Apesar da recuperação dos preços nas últimas sessões, os ganhos de hoje são moderados. Segundo a Bloomberg, o mercado continua atento ao prazo de 1 de agosto para a conclusão dos acordos comerciais que Washington está a negociar, bem como à reunião da OPEP+ agendada para o fim de semana, na qual será decidida a política de produção para setembro. Espera-se que o grupo aprove um novo aumento significativo na oferta. Entretanto, os dados do American Petroleum Institute indicam que os inventários de crude nos EUA aumentaram em 1,5 milhões de barris na última semana. Os números oficiais, incluindo dados sobre a procura, serão divulgados ainda esta quarta-feira. 15h21 João Silva Jesus Ouro volta a recuar antes de decisão da Fed com atenção em Powell e juros A esta hora, o preço do ouro volta a recuar, com o metal a valer 3.303,47 dólares por onça, numa descida de 0,70%. Apesar da descida, os investidores mantêm a atenção centrada na reunião da Reserva Federal dos EUA, marcada para hoje, que deverá manter os juros inalterados, mas poderá deixar indicações sobre os próximos passos. Na última sessão, o ouro chegou a subir 0,4%, impulsionado por uma queda nos juros das obrigações norte-americanas. De acordo com a Bloomberg, os investidores continuam atentos à decisão da Fed, que dará novas pistas sobre a política monetária. A maioria acredita que a Fed manterá as taxas, no entanto, espera-se um corte de 25 pontos-base até outubro ou mesmo já em setembro. A evolução da inflação e do emprego nos EUA poderá ser determinante. "A resiliência da economia norte-americana reforça o cenário de estabilidade", referiu ainda a Bloomberg, sublinhando que Powell continuará sob pressão de Donald Trump para reduzir o custo do dinheiro. Também a ligeira fraqueza do dólar contribuiu para a recente firmeza do ouro. O índice do dólar recuava 0,1% após atingir máximos de mais de um mês, tornando o ouro mais atrativo para investidores estrangeiros. Ainda assim, a analista da StoneX, Rhona OConnell, advertiu que o ouro continua travado por um contexto de incerteza. "Há uma série de fatores que, em conjunto, mantêm os preços do ouro letárgicos. Apesar de progressos nas negociações tarifárias, ninguém quer comprometer-se em definitivo", disse, citada pela Reuters. As tensões comerciais continuam também no radar. Apesar de avanços nas negociações entre os EUA e a China, que concordaram em prolongar a trégua de 90 dias após encontros considerados "construtivos" em Estocolmo, os investidores parecem já habituados ao ambiente de incerteza. Nos outros metais preciosos, a prata cai 1,28% para 37,80 dólares por onça, com a platina a descer 0,72% para 1.382,83 dólares. 14h52 João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt Wall Street negoceia com ganhos contidos em dia de decisão da Fed Os principais índices norte-americanos negoceiam com ganhos contidos esta quarta-feira, depois de a divulgação de importantes dados económicos mostrarem que a economia dos Estados Unidos (EUA) se mantém resiliente. O S&P 500 avança 0,11% para os 6.378,03 pontos, o Dow Jones soma 0,07% para 44.663,97 pontos e o Nasdaq Composite ganha 0,2% para 21.145,03 pontos. No plano económico, o produto interno bruto (PIB) norte-americano registou um crescimento de 3% no segundo trimestre, em termos homólogos, depois de ter sofrido uma contração de 0,5% nos primeiros três meses do ano. O desempenho da maior economia mundial foi impulsionado por uma quebra de 18,2% nas importações, pressionadas pelas tarifas impostas pela Casa Branca, e um aumento no consumo privado, o principal motor da economia norte-americana. "Como esperado, a economia dos EUA recuperou fortemente no segundo trimestre", disse à Bloomberg Neil Birrell, da Premier Miton Investors. Antecipando a decisão de hoje da Fed no que toca às taxas diretoras, o mesmo especialista nota que "com a inflação acima do objetivo, as tarifas prestes a entrar em vigor e a economia a parecer [estar em forma], não há praticamente nenhuma hipótese de a Fed atuar sobre as taxas antes de setembro". Durante o dia, os investidores irão analisar os comentários do presidente da Fed, Jerome Powell, para obter pistas sobre o rumo da política monetária no país e as perspetivas económicas daqui para a frente. Espera-se que os decisores do banco central dos EUA mantenham as taxas de juro inalteradas pela quinta vez consecutiva na reunião de julho. Noutras notícias económicas, o emprego no setor privado aumentou em 104 mil postos de trabalho, de acordo com os dados da ADP Research. O valor ficou acima da estimativa do mercado que apontava para um aumento de 76 mil. Já no plano comercial, o Presidente norte-americano, Donald Trump, disse que iria impor tarifas de 25% à Índia a partir do dia 1 de agosto. Além disso, a apresentação de resultados da Meta e da Microsoft após o fecho da sessão desta quarta-feira irá centrar a atenção dos investidores, à medida que prossegue a "earnings season" das cotadas norte-americanas. Entre os movimentos do mercado, a Hersheys segue a ganhar mais de 6%, mesmo depois de a produtora de chocolates ter cortado as suas previsões de lucros para o ano inteiro devido ao elevado preço do cacau, citando igualmente o impacto das tarifas. Entre as "big tech", a Nvidia soma 1,10%, a Alphabet ganha 0,20%, a Amazon avança 0,091%, a Microsoft sobe 0,016%, a Meta valoriza 0,53% e a Apple recua 0,078%. 10h54 Lusa Euribor a seis meses, a mais usada em Portugal, com subida A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três meses, subiu a seis meses e manteve-se a 12 meses em relação a terça-feira e ficou acima de 2% nos três prazos. Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que recuou para 2,017%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,085%) e a 12 meses (2,116%). A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou, ao ser fixada em 2,085%, mais 0,002 pontos do que na terça-feira. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,32% e 25,57%, respetivamente. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor manteve-se, ao ser fixada de novo em 2,116%. A Euribor a três meses recuou, para 2,017%, menos 0,009 pontos do que na sessão anterior e ficou acima de 2% pela terceira sessão consecutiva, depois de seis sessões abaixo de 2%. Na passada quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024. Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt. As médias mensais da Euribor voltaram a cair em junho nos dois prazos mais curtos, menos intensamente do que nos meses anteriores e de forma mais acentuada a três meses. Já a 12 meses, a média mensal da Euribor manteve-se em 2,081%. A média da Euribor em junho desceu 0,103 pontos para 1,984% a três meses e 0,066 pontos para 2,050% a seis meses. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário. 09h46 Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt Chuva de resultados deixa Europa dividida. HSBC cai mais de 4% As principais praças europeias estão a negociar divididas entre ganhos e perdas esta quarta-feira, num dia que está a ser marcado por uma série de resultados trimestrais que ficaram abaixo das expectativas. A época de contas na região até arrancou em força este mês, com algumas empresas a conseguirem contornar a incerteza que tem abalado os mercados, mas os resultados mais recentes têm apontado para um impacto significativo das tarifas nas previsões para o resto do ano. O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, recua 0,14% para 549,57 pontos, isto depois de ter conseguido avançar na sessão anterior - apesar da queda histórica da Novo Nordisk em bolsa. A banca é um dos setores que regista o pior desempenho esta manhã, pressionada pela queda de mais de 4% do HSBC - a maior instituição financeira da Europa. O banco britânico registou uma queda nos lucros antes de impostos de 29% para 6,3 mil milhões de dólares entre abril e junho deste ano, um valor que ficou abaixo das expecatativas do mercado. O HSBC justificou a quebra nos resultados com imparidades relacionadas com um banco chinês e ainda com a perda de receitas dos negócios que vendeu na primeira metade do ano passado. A instituição financeira anunciou um programa de recompra de ações de 3 mil milhões de dólares. Por sua vez, o UBS, que chegou a avançar mais de 3% esta manhã, entretanto reduziu os ganhos para apenas 1,37%, depois de ter conseguido duplicar os lucros em termos homólogos. O banco suíço registou um resultado atribuível aos acionistas de cerca de 2,40 mil milhões de dólares no segundo trimestre do ano, quando no período comparável tinha ficado pelos 1,14 mil milhões. Já no setor automóvel, que regista um dos piores desempenho do Stoxx 600, foi dia de conhecer resultados, com a Mercedes-Benz Group e a Aston Martin a reverem em baixa as suas perspetivas para o resto do ano. Enquanto a fabricante de veículos alemã perde apenas 0,81% em bolsa esta manhã, a britânica afunda 3,56%. Entre as restantes principais movimentações de mercado, a Adidas mergulha 6,37%, após a empresa alemã dedicada ao fabrico de artigos desportivos ter estimado um impacto das tarifas norte-americanas nas suas contas de 200 milhões de euros. No segundo trimestre do ano, a cotada até conseguiu ver as suas receitas crescerem 2,2% para quase 6 mil milhões de euros, apesar de efeitos cambiais negativos e já sem as vendas de uma das suas linhas mais populares, a Yeezy do Kanye West. Apesar de se encontrarem a apenas 2% dos máximos históricos atingidos em março, esta época de resultados morna tem eliminado a vantagem que as praças europeias conseguiram alcançar em relação às norte-americanas no arranque do ano. É esperado que o "benchmark" continue com dificuldades nos próximos meses, uma vez que o período entre agosto e setembro é habitualmente negativo para o Stoxx 600. Entre as principais praças europeias, Madird recua 0,79%, Frankfurt cede 0,12% e Londres cai 0,46%. Já Paris avança 0,14% - impulsionada por um crescimento económico acima das expectativas -, enquanto Milão avança 0,12%. A bolsa de Amesterdão encontra-se inalterada. 09h17 Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt Juros aliviam na Zona Euro à espera de novos dados económicos Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a registar alívios esta manhã, num dia em que se vai conhecer a evolução económica da Zona Euro em relação ao segundo trimestre do ano (os economistas antecipam uma contração) e as primeiras leituras regionais da inflação referentes a julho. Neste contexto, a "yield" das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a região, recua 1,8 pontos base para 2,687%, enquanto os juros das obrigações francesas aliviam na mesma escala para 3,444%. A economia francesa terminou o segundo trimestre do ano com um crescimento acima do esperado, tendo o país visto o seu PIB acelerar 0,3% em cadeia entre abril e junho de 2025 - acima das previsões que apontavam para um crescimento de apenas 0,1%. Já a economia alemã manteve-se dentro das expectativas, com uma contração de 0,1% no segundo trimestre do ano, segundo dados preliminares. Entre os países do sul da Europa, os juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 1,6 pontos base para 3,104%, enquanto os das obrigações espanholas caem 1,8 pontos para 3,268% e os das italianas cedem 1,4 pontos para 3,502%. A primeira leitura da inflação referente a julho em Espanha aponta para um aceleramento dos preços, que passaram de 2,3% em termos anuais em junho para 2,7% no mês seguinte - acima das expectativas dos analistas. Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" britânicas seguem a mesma tendência de alívio, ao aliviar 2,5 pontos base para 4,607%, num dia em que o Reino Unido está de volta ao mercado da dívida para emitir 300 milhões de libras a long prazo. 08h53 João Silva Jesus Dólar recua à espera da Fed e euro interrompe série de ganhos mensais O dólar norte-americano encontra-se sobre pressão esta quarta-feira, à medida que os investidores aguardam a decisão de política monetária da Reserva Federal (Fed), com o índice do dólar a recuar 0,13%, para 98,757 pontos-base. Apesar de ter subido durante quatro sessões consecutivas, a moeda perdeu fôlego frente a outras divisas. O euro subiu 0,12%, para 1,1561 dólares, depois de ter atingido na véspera o valor mais baixo em um mês (1,15185). Ainda assim, a moeda única está prestes a registar a sua primeira queda mensal em 2025, após seis meses consecutivos de valorização. A força recente do euro tem estado ligada à perda de brilho do dólar em virtude das políticas comerciais da Casa Branca. Segundo a Reuters, os investidores "contabilizam agora os custos do acordo comercial EUA-UE", que embora tenha trazido algum alívio, foi percebido como "desequilibrado e favorável aos Estados Unidos". A esta hora, a libra esterlina valoriza 0,11%, para 1,3366 dólares e o franco suíço valoriza 0,19% frente ao dólar, negociando a 0,8045 dólares. O iene japonês, por sua vez, beneficiou de fluxos de repatriação após um forte sismo no Pacífico de 8,8 graus, que levou ao lançamento de alertas de tsunami na costa leste do Japão. A moeda valorizou 0,32%, para 147,98 por dólar. A atenção dos mercados está agora centrada na Fed, que deverá manter as taxas de juro inalteradas. De acordo com Kristina Clifton, economista sénior do Commonwealth Bank da Austrália, "os votos dissidentes esperados nesta reunião podem ser interpretados como politicamente motivados, o que poderá afetar a percepção de independência do banco central". A expectativa geral é de um discurso cauteloso por parte de Jerome Powell, com foco nos dados económicos recentes, especialmente num mercado de trabalho que "abranda sem colapsar", como descreveu Richard Franulovich, da Westpac, à Bloomberg. 08h50 João Silva Jesus Ouro sobe ligeiramente enquanto mercado espera sinal da Fed O ouro regista uma valorização modesta esta quarta-feira, com os investidores à espera de novidades da Reserva Federal dos EUA, cuja decisão de política monetária será conhecida mais logo. A esta hora, o metal precioso segue a valer 3.330,11 dólares por onça, numa subida de 0,10%. De acordo com a Bloomberg, o movimento ascendente de terça-feira foi impulsionado pela descida nos rendimentos da dívida do Tesouro norte-americano, resultado de um leilão sólido de obrigações a sete anos. Com o juro da dívida a cair e o dólar a estabilizar, o ouro voltou a beneficiar do ambiente mais favorável a ativos que não pagam rendimento, como é o caso dos metais preciosos. Os mercados esperam que a Fed mantenha hoje os juros inalterados, embora cresça a expectativa de um corte em setembro. A resiliência da economia norte-americana tem justificado a manutenção da atual política, apesar das pressões de Donald Trump para um alívio no custo do crédito. "O mercado começa a perceber uma possível inclinação mais "dovish" por parte da Fed, o que se reflete nos rendimentos do Tesouro", afirmou Kelvin Wong, analista da OANDA, citado pela Reuters. "A força do dólar também recuou ligeiramente, o que ajuda o ouro neste momento". O contexto geopolítico continua a pesar. A ameaça de uma nova vaga de tarifas a 1 de agosto, a incerteza nas negociações comerciais com a China que, segundo Washington, podem ganhar novo fôlego após dois dias de reuniões em Estocolmo, e os receios de uma guerra comercial prolongada continuam a sustentar a procura por ativos considerados refúgios. A valorização do ouro desde o início do ano ultrapassa os 25%, com o metal a atrair capital numa altura em que aumentam os riscos macroeconómicos e as tensões geopolíticas. Nos outros metais preciosos, a prata desce 0,20% para 38,21 dólares por onça e a platina perde 0,26% para 1.389,17 dólares. 08h04 Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt Petróleo estável após melhor sessão em mais de um mês O barril de petróleo está a negociar praticamente inalterado face à sessão anterior, dia em que conseguiu crescer mais de 3,5% (o maior avanço diário em cerca de seis semanas), impulsionado por renovadas pressões de Donald Trump a Vladimir Putin. O Presidente norte-americano tem vindo a endurecer a retórica relativamente a Moscovo e mostra grande impaciência com a relutância do líder russo em chegar a um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia. No regresso de uma visita à Escócia, Trump fez um novo ultimato a Putin: a Rússia tem 10 dias para acabar a guerra ou terá de enfrentar novas sanções económicas por parte de Washigton, que podem ir de tarifas a outras formas de punição, revelou. O republicano não se mostrou preocupado com o impacto que esta decisão terá no mercado petrolífero, afirmando que "há muito petróleo no nosso país [EUA]. Vamos só começar a produzir ainda mais". A esta hora, o Brent - que serve de referência para as exportações europeias - avança 0,07%, para 72,56 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) cai 0,01%, para 69,20 dólares - aproximando-se, pela primeira vez dos 70 dólares, desde finais de junho. Esta é uma reação impulsiva [por parte do mercado], motivada mais pelo ruído do que por fundamentos duradouros , explica Priyanka Sachdeva, analista de mercado da Phillip Nova, à Bloomberg. A analista acredita que os barris russos vão continuar a entrar no mercado mundial através da Ásia, contornando possíveis novas sanções por parte dos EUA, e diluindo o impacto no mercado petrolífero. O crude encaminha-se para registar o terceiro mês consecutivo de ganhos, depois de um início do ano bastante conturbado para a matéria-prima. Os investidores viram agora as suas atenções para o prazo estabelecido pela Casa Branca para alcançar um acordo com os seus parceiros comerciais, que termina já na sexta-feira, bem como para a reunião do Comité de Política Monetária da Reserva Federal. Os membros do banco central devem decidir por uma manutenção das taxas de juro no intervalo atual de 4,25% e 4,5%, com o foco apontado para o discurso do presidente Jerome Powell após o fim da reunião. 07h47 Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt Trégua comercial não convence praças asiáticas. Europa aponta para o verde Apesar de os EUA e a China até terem chegado a um acordo para prolongar a trégua para além do dia 12 de agosto, evitando assim uma nova escalada na guerra comercial iniciada pela atual administração norte-americana, o entendimento não foi suficiente para deixar as principais praças asiáticas respirarem de alívio. Os índices da região encerraram a sessão desta quarta-feira divididas entre ganhos e perdas, apesar de o otimismo até ter conseguido chegar à Europa, com a negociação de futuros do Euro Stoxx 50 a apontar para uma abertura em território positivo. A falta de detalhes desta nova trégua comercial - como, por exemplo, quanto mais tempo vai durar - acabou por limitar os ganhos desta sessão. Tal como aconteceu com o acordo alcançado entre os EUA e a União Europeia (UE), um simples entendimento já não está a ser suficiente para aliviar os investidores, que continuam preocupados com os impactos que as tarifas (mesmo em menor escala) podem ter no crescimento económico. "Os mercados têm estado muito fortes nos últimos tempos e, neste momento, estamos a ver uma consolidação", explica Jun Bei Liu, fundadora da Ten Cap Investment, à Bloomberg. A analista olha com expectativa para as negociações entre as delegações norte-americanas e chinesas, numa altura em que são dados sinais "de que é possível chegar a um entendimento" e em que Washington parece mais disposto a alcançar acordos com os seus parceiros comerciais. Neste contexto, o Shanghai Composite e o CSI 300 - relativos à negociação continental da China - encerraram ambos em alta, mas com ganhos pouco expressivos de 0,24% e 0,10%, respetivamente. Já o Hang Seng, de Hong Kong, seguiu pela tendência contrária e acabou por cair mais de 1%. Entre os restantes principais índices asiáticos, os japoneses Nikkei 225 e Topix dividiram-se entre ganhos e perdas, com o primeiro a cair 0,07% e o segundo a valorizar 0,36%. Por sua vez, o australiano S&P/ASX 200 avançou 0,6%, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,73%. Negócios jng@negocios.pt João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt João Silva Jesus Pedro Barros Costa pedrocosta@negocios.pt João Silva Jesus João Silva Jesus João Duarte Fernandes joaomfernandes@negocios.pt Lusa Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt João Silva Jesus João Silva Jesus Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt Ricardo Jesus Silva ricardosilva@negocios.pt Negócios jng@negocios.pt