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ESTE FERRARI F40 PODE SER O MAIS CARO DE SEMPRE VENDIDO EM LEILÃO

Jornal dos Clássicos Online

2025-07-29 21:04:54

Lançado em 1987 para celebrar o 40º aniversário da marca do Cavallino Rampante, o F40 fica também na história, por ter sido o último projecto aprovado pelo próprio Enzo Ferrari. Na época era o automóvel mais rápido de produção, sendo o primeiro a ultrapassar as 200 mph, pouco mais de 320 km/h. A sua carroçaria e chassis foram produzidos em fibra de vidro e carbono-Kevlar, e o interior tem só o indispensável, tudo para diminuir ao máximo o peso total do conjunto. Como sucessor do Ferrari 288 GTO, o F40 utiliza a mesma base mecânica, aqui designada de F120: um motor V8 de 2,9L de cilindrada, com dois turbos IHI, produzindo 478cv às 7000rpm e 577Nm de binário às 4000rpm. Originalmente a Ferrari planeava produzir somente 400 exemplares, mas, devido à enorme procura, acabaram por produzir 1311 até 1992. A Ferrari nunca produziu oficialmente o F40 para competir, no entanto, o especialista Michelotto concebeu várias versões de competição do F40, a pedido do importador da marca na França, Charles Pozzi, com a aprovação da marca, algo que aconteceu também com outros modelos. A primeira versão de competição ficou conhecida por F40 LM, com o intuito de competir no IMSA americano, e um total de 19 unidades foram construídas. Várias equipas competiram com o F40 LM no BPR Global GT Series e no JGTC, entre outros campeonatos. O F40 LM conta com várias alterações, quando comparado com a versão normal, tanto a nível de desenho como no que toca à mecânica. O que salta logo à vista é a sua secção frontal, onde os faróis escamoteáveis desaparecem e o conjunto de quatro ópticas dá lugar a apenas duas, com dois grandes faróis no seu interior. Outra das alterações é a sua reduzida altura ao solo, o fundo plano com efeito "venturi", as jantes mais largas e o spoiler traseiro ajustável. No interior, as backets foram substituídas por umas mais leves e o painel de instrumentos foi modificado, para uma melhor leitura para o piloto. A nível mecânico, estava equipado com intercoolers Behr maiores, novas árvores de cames, turbos com pressão superior e sistema de gestão electrónica afinado. A potência aumentou para uns impressionantes 720cv. A travagem Brembo foi também aumentada. Para competir na Europa, a Michelotto concebeu um motor com as especificações GTC, onde a potência subia para os 760cv. Presente neste artigo está o 14º F40 LM produzido, equipado com o motor GTC. Foi concluído em Dezembro de 1992, com o chassis número 95448, e entregue alguns meses depois ao suíço Walter Hagmann. Saiu de fábrica pintado na histórica cor Rosso Corsa e baquets em tecido Stoffa Vigogna. Em 2009 foi certificado pela Ferrari Classiche, com a única alteração registada a consistir na adopção de jantes OZ maiores em magnésio. Em 2014 regressou à Michelotto para uma revisão geral. Irá a leilão no próximo dia 16 de Agosto, através de um evento organizado pela RM Sothebys em Monterey. O seu valor estimado de venda situa-se entre os sete e os oito milhões de euros.