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MITSUBISHI GRANDIS - COERÊNCIA

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2025-07-29 21:04:14

A Mitsubishi tem automóvel novo, o terceiro baseado num Renault. Este programa, no mínimo, é coerente. E, assim, depois de Colt (Clio) e ASX (Captur), a marca dos três diamantes “ataca” o mercado europeu com “derivado” do Symbioz, o Grandis. O compacto herda o nome do monovolume (MPV) de 7 lugares produzido de 2003 a 2011, tem o formato da moda (SUV) e é produzido em Espanha. ã venda no final do ano, com motorizações MHEV (141 cv) e HEV (154 cv). Ageração nova do Outlander PHEV, o Sport Utility Vehicle (SUV) que desempenha a função de topo de gama da Mitsubishi na Europa, modelo que apresentámos de forma detalhada na edição 13 de E-AUTO, representa apenas o início do programa do fabricante que opera sob o mesmo chapéu de Nissan e Renault para “atacar” a Europa em 2025, ano-chave para o sucesso de reintrodução da marca no mercado que decidiu abandonar em julho de 2020, porventura pressionada pelo impacto da COVID-19, pandemia que (quase) parou a produção e as vendas. Então, anunciou-se o “não” à mais lançamentos na região e, ainda, reor-ganização que privilegiava a operação na Sudeste Asiático. Objetivo: estancar a hemorragia financeira. A mudança do prejuízo para o lucro nunca acontece espontaneamente, so-bretudo num setor pressionado pelo aparecimento de muitos protagonistas novos , quase todos de origem chinesa e a implementação pela União Europeia (UE) de normas de proteção ambiental cada vez Novidade mais restritivas. Esta combinação de fatores, sem capacidade imediata de reação, com arte, engenho e dinheiro, pode comprometer o futuro de diversos construtores. No entanto, no caso da Mitsubishi, em março de 2021, (alguma) luz ao fundo do túnel: acordo com a Renault permitiu a reversão da decisão de abandonar a Europa, devido à hipótese de fabricar, na região, uma mão cheia de automóveis novos. A primeira fase do plano de reintrodução da Mitsubishi na Europa cumpriu-se com os lançamentos do Colt baseado no Clio e do ASX derivado do Captur, dois carros que os franceses produzem para os japoneses em fábricas no Velho Continente. A segunda etapa do programa cumpre-se durante este ano, com os lançamentos de Outlander PHEV, Grandis e Eclipse Cross. Só o topo de gama é produto original da marca nipónica, mesmo se a quarta geração do SUV com tecnologia híbrida Plug-In tem, também, arquitetura técnica de origem Renault Nissan: a plataforma CMF-CD de Austral, Espace, Rafale, Qashqai e X-Trail. Não muda apenas o nome Na agenda da Mitsubishi para 2025, depois da apresentação do Outlander PHEV, a estreia do Grandis, mas os pilares (quatro) para o êxito da empreitada mantêm-se: prioridade aos segmentos B, C e D, aS motorizações eletrificadas, aos sistemas de assistência eletrónica à condução e à conetividade. O SUV compacto novo, como estas primeiras fotografias demonstram, baseia-se no Renault Symbioz, carro que tem a mesma base do Captur, a plataforma CMF-B. E, por isso, os três automóveis partilham, também, a produção em Valladolid, Espanha. Todavia, para garantia de diferenciação, o fabricante nipónico “reinterpretou” o desenho do modelo novo no Centro de Design de Frankfurt, Alemanha, para beneficiá-lo com duas imagens de marca: o Dynamic Shield na dianteira e O Sculptural Hexagon na traseira. O Grandis herda o nome do monovolume com 7 lugares que a Mitsubishi produziu de 2003 a 2011 e, comercialmente, posiciona-se no coração do mercado europeu, por combinar 4,410 m de comprimento e 2,638 m entre eixos, dimensões iguais às do Symbioz (segmento c), com o formato automóvel da moda (SUV)! Na categoria, as motorizações elétricas e eletrificadas representam cada vez mais vendas e este modelo apresenta-se bem equipado, por contar com duas propostas modernas e, por isso, muito competitivas: 1.3 com sistema “mild hybrid” (MHEV) e 141 cvv, e 1.8 com tecnologia “full hybrid” (HEV) e 154 CV. Os sistemas MHEV descomplicam a eletrificação, por combinarem a simplicidade da mecânica de combustão interna com máquina elétrica que atua como o motor de arranque acionado por correia alimenta-a bateria de iões de lítio, de 12 V. Esta tecnologia permite a recuperação de energia durante as fases de desaceleração e travagem, criando a “reserva” para reforço temporário do binário quando é exigida mais capacidade de resposta ao 1.3 Turbo a gasolina = de série, caixa manual de 6 velocidades; opcionalmente, automática de 7, de embraiagem dupla (7DCT). Consumo: promete-se até menos 40% O HEV é a alternativa (mais dispendiosa) ao MHEV. Tecnicamente, esta tecnologia “full hybrid” do Grandis (e do Symbiozl) tem seis componentes, que funcionam de forma coordenada para a otimização do desempenho e da eficiência. No sistema, mecânica atmosférica com 4 cilindros e 1,8 litros a gasolina (80 kW/107 cv), motor elétrico principal (36 kW/48 cv) e motor elétrico secundário (15 kW/20 cv), bateria de iões de lítio com 1,4 kWh de capacidade, comando da eletrónica da potência e caixa automática do tipo multimodo. Em ambiente urbano, o SUV compacto novo da Mitsubishi move-se de forma totalmente elétrica até cerca de 80% do tempo de utilização, o que aumenta o silêncio e a suavidade na condução e diminui muito o consumo de combustível (até menos 40 %, promete-se) e as emissões de gases de escape. O sistema HEV permite condução em modo elétrico até 70 km/h, tem transmis-São com modo B que aumenta a capacidade de regeneração de energia nas etapas de desaceleração e travagem, admite o (re) carregamento da bateria com a mecânica térmica e dispõe de E-Save para poupança da energia armazenada no acumulador (acima de 40% da capacidade) para uma utilização posterior, em cidade, no modo elétrico, ou em estrada e autoestrada, no híbrido. Os programas de distribuição da potência e acionamento da tração são ativados de forma automática e otimizados com base nas exigências a cada momento e na monitorização contínua do estado do sistema. Este Grandis encontra-se em processo de homologação, por isso não existindo números oficiais, nomeadamente para os consumos, mas a Mitsubishi é firme na garantia de que a prioridade à eficiência não compromete o desempenho dinâmico do SUV = e demonstra-o com a reivindicação de 0-100 km/h em 8,5 S. No Grandis, independentemente da motorização, Multi-Sense com quatro programas de condução Multi-Sense: Eco, Comfort, Sport e Perso. Equipamento integra ecossistema Google Para o SuV compacto, rodas de 17” a 19, cinco cores exteriores e quatro níveis de equipamento (a marca é a adepta de gamas simplificadas, por simplificarem todo o processo de compra, mas conta com mais de 70 acessórios para personalização do Grandis): Inform, Invite, Intense e Instyle. Entre os equipamentos, destaca-se o primeiro teto panorâmico em vidro electrocromático (aumenta-se ou diminui-se a opacidade, ou a transparência, através de toque em botão) num Mitsubishi. Mais: pacote completo de assistências eletrónicas à condução, ecossistema da Google integrado no programa multimédia (Google Maps, Google Play e Google Assistant), som Harman Kardon Premium e aplicação móvel controlo de funções do carro no “smartphone” do proprietário. O painel de bordo apresenta-se digitali-zado: o monitor da instrumentação tem 10 e é apoiado por ecrã secundário com 7); enquanto o do sistema multimédia conta com 10,4” e está posicionado verticalmente e direcionado para o condutor. Trata-se de “fórmula” que facilita a utilização, que também ganha com a disponibilidade de diversos comandos de acesso a funções do carro (0 comando da climatização, por exemplo). No Grandis, os bancos traseiros são reguláveis longitudinalmente ,são-no até 160 mm =; o que permite ganhar espaço para as pernas dos ocupantes instalados nos lugares posteriores ou no compartimento de carga. A mala tem 434 litros (e portão elétrico), ou 1455 litros com os encostos traseiros rebatidos. O Mitsubishi Grandis tem estreia em Portugal programada só para o final do ano. A marca antecipa preços muitos semelhantes aos do Symbioz e anuncia garantia de oito anos ou 160.000 km. ? a expetativa é de que represente mais vendas do que o ASX, numa proporção do tipo 60%-40%, antecipa-se, devido ao histórico da marca em segmento (c) que representa 2,2 milhões de automóveis/ano. E ainda antes da mudança para 2026, alternativa EV a este SUV compacto na gama do fabricante, o Eclipse Cross baseado no Renault Scenic E-Tech Elétrico! Eclipse Cross: elétrico novo no outono! A Mitsubishi prepara-se para contar com o automóvel elétrico na gama, o que não acontece desde o ponto final na carreira do pioneiro i-MiEV introduzido na Europa em 2010. Este modelo também tem estreia prevista para o final do ano. Assim, no imediato, a novidade é o nome de modelo que tem formato de Sport Utility Vehicle (SUV) e derivado Renault Scenic E-Tech Electric: Eclipse Cross. Mantém-se, assim, a designação de carro que surgiu em 2018, com motorização híbrida Plug-In. O Eclipse Cross novo é o primeiro automóvel elétrico da marca dos três diamantes desde o final na carreira do i-MiEV, citadino que deu origem a "gémeos" da Citroên (C-Zero) e da Peugeot (iOn), devido à parceria da Mitsubishi com a PSA. Este carro, sublinha-se o facto, permite à marca maximizar a cobertura dos segmentos-chave na região, nomeadamente o C (compactos). Introduzidos Grandis e Eclipse Cross, dois automóveis equipados com tecnologia moderna quer nos capítulos das assistências à condução (ADAS) e da segurança, quer nos domínios da conetividade e das motorizações, a marca passa a dispor de cinco carros e motorizações térmicas, híbridas, híbridas Plug-In e elétricas. O SuV foi concebido sob supervisão do departamento de "design" da divisão europeia da marca, tem a geração nova do Dynamic Shield em destaque no “rosto" e produzir-se-á com duas baterias, como acontece no Scenic E-Tech Electric. A Renault também assegura a produção do Eclipse Cross na EletriCity da Ampere, infraestrutura moderna em Douai, França. O Mitsubishi, como os dois elétricos da marca do losango fabricados na mesma unidade (Megane e Scenic), baseia-se na AmpR Medium. A Nissan, no Aryia, também recorre a esta arquitetura derivada da CMF-EV. JOSÉ CAETANO