AO VOLANTE DA NOVA VERSÃO DO NISSAN QASHQAI, UM HÍBRIDO QUE SE CONDUZ COMO UM ELÉCTRICO
2025-07-16 21:06:06

O Nissan Qashqai, criado para quem procura a experiência de um eléctrico, mas ainda não se sente preparado para lidar com carregamentos, apresenta-se mais eficiente e refinado Nas estradas em redor de Barcelona, o renovado Nissan Qashqai e-Power mostrou que, por baixo de um design praticamente inalterado, há uma evolução tecnológica signi cativa.Agrandenovidadeestásob o capô: a terceira geração do sistema híbrido exclusivo da Nissan a segunda a chegar à Europa , que promete uma experiência de condução 100% eléctrica, mas sem a ansiedade da autonomia, nem a obrigação de carregamentos. Na prática, trata-se de um eléctrico movido a gasolina, criado para quem ainda não está preparado para fazer a transição total para um eléctrico a bateria (BEV). Ao volante, o Qashqai arranca com a suavidade e resposta imediata típicas de um eléctrico. Não há hesitações nas mudanças nem ruídos mecânicos: o motor a combustão é praticamente inaudível. Diferente dos híbridos tradicionais, em que o motor a gasolina pode também mover directamente as rodas, no sistema e-Power o motor actua como um gerador de energia dedicado. Ou seja, o motor térmico acciona um gerador, que fornece energia ao motor eléctrico ou à bateria nunca às rodas. Isso permite dispensar uma caixa de velocidades, garantindo uma condução sempre suave e linear. A mais recente versão deste sistema estreia uma unidade “5-em-1”, que integra motor eléctrico, gerador, inversor, redutor e multiplicador de torque numa estrutura mais leve e compacta. Esta integração melhora a e ciência e reduz ainda mais o ruído e as vibrações. A Nissan anuncia uma redução de até 5,6 dB no ruído a bordo face à geração anterior e isso nota-se. Mesmo com o acelerador a fundo, o som do motor a gasolina é discreto, quase imperceptível. Até porque quanto mais aceleramos, maior é a velocidade e mais altos são os ruídos aerodinâmico e de rolamento, que se sobrepõem ao ruído do motor. Parte do segredo está na nova arquitectura do bloco 1.5 turbo, concebido especi camente para este sistema. Combinando um regime de funcionamento optimizado, tecnologia de combustão STARC e até um novo lubri cante, consegue um rendimento térmico de 42% um dos mais altos entre os motores a com-bustão. O intervalo de manutenção aumentou para 20 mil quilómetros. O desempenho também subiu um patamar. Em modo Sport, o motor eléctrico debita 151 kW (205cv), mais 11 kW que no modo Normal, permitindo acelerar dos 0 aos 100 km/h em 7,6 segundos menos 0,3s face à versão anterior. A entrega de potência é progressiva e fluida, sem o esforço ou hesitação que por vezes se sente noutros híbridos. A sensação é, novamente, muito próxima da de um eléctrico. A e ciência foi uma das maiores críticasàgeraçãoanterior eagora é um dos seus trunfos. A marca anuncia 4,5 l/100 km no ciclo WLTP e, no ensaio em Barcelona, conseguimos 4,8 l/100 km. Um valor que terá de ser comprovado em testes mais longos, mas que é um excelente sinal. A autonomia máxima ultrapassa os mil quilómetros com um depósito, graças a melhorias que incluem uma e ciência em autoestrada 14% superior. O novo Qashqai e-Power vem equipado com sistema de infoentretenimento Google integrado com Maps, Assistente e acesso à Play Store e assistente digital com interacção por voz natural. O pacote de ajudas à condução ProPilot foi também melhorado, agora com maior capacidade de leitura do ambiente e melhor gestão de estradas mais estreitas ou com várias faixas. A Nissan anuncia uma redução de até 5,6 dB no ruído a bordo face à geração anterior e isso nota-se O novo Qashqai e-Power chega equipado com sistema de infoentretenimento Google integrado Primeira opinião A primeira geração do Qashqai e-Power convenceu pela suavidade e resposta eléctrica, mas ficou aquém na eficiência. Esta nova versão resolve esse problema, igualando ou superando os melhores híbridos do mercado nos consumos, e reforçando a experiência de condução com maior silêncio, progressividade e refinamento. Não é um eléctrico puro, nem pretende ser, mas é, provavelmente, o melhor compromisso actual entre conveniência, prazer de condução e eficiência para quem ainda não está pronto para um BEV. S.M. Sérgio Magno