Incidente insólito entre Lisboa e Nice: tripulação pede prioridade para aterrar devido a casas de banho avariadas Um voo da TAP entre Lisboa e Nice, no início de junho, transformou-se numa situação insólita nos céus europeus, depois de a tripulação ter solicitado à torre de controlo francesa uma descida direta e à velocidade máxima - tudo devido a um problema pouco habitual, mas extremamente desconfortável: as sanitas da aeronave estavam entupidas. A bordo do Embraer da TAP Express, nenhum dos lavabos funcionava, o que rapidamente começou a criar desconforto entre os passageiros e a levantar preocupações na tripulação. A situação ganhou contornos mais sérios quando os pilotos, ao aproximarem-se do espaço aéreo francês, pediram ao controlo de tráfego aéreo uma abordagem acelerada ao aeroporto de Nice, alegando um "problema urgente" a bordo. No entanto, a explicação pouco clara e a insistência num tratamento prioritário acabaram por ser interpretadas como uma possível emergência médica ou ameaça mais grave. A falta de compreensão entre ambas as partes gerou tensão nas comunicações e ativou um alerta momentâneo nas autoridades francesas. Fontes do setor da aviação indicam que, apesar de a situação não constituir um risco direto para a segurança do voo, o tom e o contexto do pedido levantaram suspeitas. As autoridades aéreas estão treinadas para reagir com máxima precaução sempre que um pedido urgente é feito, especialmente quando não é acompanhado de detalhes claros. O mal-entendido só foi resolvido mais tarde, após esclarecimentos da tripulação da TAP já em solo. O episódio, embora sem consequências para os passageiros além do incómodo de um voo sem instalações sanitárias, revela como uma situação aparentemente banal pode rapidamente escalar numa operação internacional de aviação. Especialistas sublinham a importância de uma comunicação clara e objetiva entre tripulações e torres de controlo, especialmente quando estão em causa pedidos fora do habitual protocolo de aproximação. Este incidente, que já está a ser analisado internamente pelas autoridades aeronáuticas portuguesas e francesas, não passou despercebido na comunidade da aviação. A TAP ainda não comentou oficialmente o sucedido, mas o caso levanta questões sobre manutenção preventiva e procedimentos para lidar com falhas técnicas que, embora menores, podem gerar constrangimentos sérios - e até alertas internacionais - quando mal interpretadas. Tags: CMTVlisboaNiceOUTRAS NOTÍCIAStap Isabel Fonseca