Manuela Costa, professora jubilada do ensino básico e secundário, doutoranda na Universidade de Coimbra em Turismo, Património e Território, foi uma das oradoras no XX Encontro de Geografai s da América Latina e Caribe, que decorreu na Cidade do México, no último mês. A docente albicastrense fez duas apresentações, uma das quais sobre Castelo Branco enquanto cidade criativa da Unesco e o impacto dessas cidades na região centro. “Tenho estudado o impacto das cidades criativas no Turismo dessas regiões. Os dados revelam que há uma evolução positiva, como se comprova em Idanha-aNova que está classifci ada há mais tempo, e onde se nota um crescendo no número de estadias e na capacidade de alojamento”, começa por referir. Os dados sobre “Castelo Branco ainda são curtos, pois foi classifci ada há pouco tempo”, explica Manuela Costa, que pretendeu com o estudo apresentado no México, “avaliar o impacto das Cidades Criativas da Região Centro de Portugal no desenvolvimento/ crescimento do turismo urbano, bem como analisar as vantagens competitivas da existência de redes entre cidades e o seu impacto na afri mação e especialização turística do território. A originalidade do estudo reside no caso de Castelo Branco: a cidade pretende implementar novos paradigmas de desenvolvimento baseados no Bordado de Castelo Branco, uma das suas marcas, promovendo a diversidade, a tecnologia, a sustentabilidade, a inclusão social e a regeneração urbana”. A docente adianta que “a Rede de Cidades Criativas da UNESCO é, antes de mais, um espaço de colaboração para inventar a cidade do amanhã. A Rede de Cidades Criativas da UNESCO apoia os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente o ODS 11, que passa por “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resi-lientes e sustentáveis”. Manuela Costa assegura que o estudo pretende também “estabelecer paralelos com as cidades criativas mexicanas”. No entender da investigadora é importante explicar “como o turismo criativo aplicado às cidades contribui para o desenvolvimento dos espaços urbanos e circundantes”. Por outro lado, diz, importa aferir como “as redes de cidades criativas apresentam vantagens competitivas para a afri mação do turismo e sua especialização. E isso terá implicações importantes para a prática, refletidas na melhoria da qualidade de vida das populações locais”. Manuela Costa apresentou o caso de Castelo Branco