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XPENG G6: SUV COUPÉ ELÉTRICO COM AUTONOMIA DE 500 KM A PREÇO COMPETITIVO

Deco Proteste Online

2025-06-20 21:05:05

O Xpeng G6 é o novo SUV coupé 100% elétrico da ofensiva chinesa. Muito espaçoso, bem equipado e com tecnologia de carregamento a 800 V, revela uma autonomia elevada. À venda desde 45 mil euros, é um rival sério entre os SUVs médios. Enfrenta o Tesla Model Y e o Volkswagen ID.5 O Xpeng G6 era a peça do puzzle que faltava no laboratório e na pista de ensaios da DECO PROteste. Depois do exame ao Xpeng G9 e ao Xpeng P7, os consumidores podem agora conhecer a família completa da marca e saber quanto valem estes automóveis. O Xpeng G6 leva a melhor por uns pozinhos extra no veredicto global. À venda por 49 630 euros, o Xpeng P7 é um rival à altura do Tesla Model 3 e do BYD Seal. Está ao nível da concorrência europeia no desempenho e comportamento em estrada. É seguro e equilibrado em andamento, mas os sistemas de apoio à condução estão aquém do que oferecem os rivais das marcas premium. Com 4,75 metros de comprimento e um raio de viragem de 12 metros, manobrar o Xpeng G6 em ambiente urbano pode ser um desafio. A largura total de 2,18 metros a contar com os espelhos também dificulta a condução em vias mais estreitas. Com 467 quilómetros de autonomia, o grande SUV Xpeng G9 custa a partir de 57 mil euros. Carregamento ultrarrápido e condução eficiente Há duas opções de capacidade para a bateria do Xpeng G6: 66 kWh (LFP, fosfato de ferro-lítio) ou 87,5 kWh (NCM, níquel-manganês-cobalto). A versão Standard Range conta com 258 cv., enquanto a versão Long Range chega aos 286 cavalos. A versão AWD Performance impressiona com 476 cv., alimentada por dois motores elétricos. O desempenho em carregamento rápido, com a tecnologia de 800 V, é notável: em condições ideais, bastam 20 minutos para carregar a bateria de 87,5 kWh de 10% a 80%, repondo 366 quilómetros de autonomia. Na China, o Xpeng G6 já recebeu uma atualização que promete ainda mais rapidez e reduzir este tempo para 12 minutos. Chega à Europa no final de 2025. No carregamento ultrarrápido, poucos automóveis conseguem igualar o Xpeng G6. Mesmo sem essa atualização, com o restyling, a maioria dos rivais fica para trás. Xpeng G6 tem argumentos únicos para ameaçar os campeões de vendas, como o Tesla Model Y e o Volkswagen ID.5. Na versão Long Range ensaiada pela DECO PROteste, com testes mais realistas, o Xpeng G6 atingiu uma autonomia prática de cerca de 500 quilómetros com um carregamento completo. É uma marca bastante positiva para um SUV desta dimensão. Nas medições de consumo, gasta, em média, 19,9 kWh por cada 100 km, um valor razoável. O Xpeng G6 tem ainda uma grande margem para evolução, sobretudo nas operações através de poucos botões físicos. Com elevado risco de distração da estrada, o sistema é pouco intuitivo para os padrões europeus. Precisa de ajustes, mas, como se sabe, os fabricantes chineses evoluem rapidamente. Xpeng G6 à altura dos rivais Tesla Model Y e Volkswagen ID.5 Em termos de conforto, o Xpeng G6 não fica atrás: a suspensão é algo firme, mas oferece uma condução agradável e silenciosa, com muito espaço, sobretudo atrás. O tejadilho panorâmico de série contribui para estas boas impressões. Entre os concorrentes diretos, destacam-se Tesla Model Y, Volkswagen ID.5, Audi Q4 e-tron, BMW iX3, Hyundai Ioniq 5, Kia EV6 e Skoda Enyaq. Eis a lista completa de versões do Xpeng G6: Xpeng G6, RWD Standard Range (66 kWh, 258 cv.): a partir de 46 990 euros; Xpeng G6, RWD Long Range (87,5 kWh, 286 cv.): a partir de 51 290 euros; Xpeng G6, AWD Performance (87,5 kWh, 476 cv.): a partir de 59 990 euros. Construção impressiona A qualidade da carroçaria do Xpeng G6 acompanha a dos concorrentes com mais tradição. Debaixo do capô, destrancado em duas fases e aberto com o apoio de um amortecedor, encontra apenas pequenas tampas, que escondem elementos como o depósito do líquido limpa-vidros: apresentação limpa, bem organizada e discreta. A bagageira foi revestida em tecido, e mesmo sob o piso de carga não há qualquer chapa metálica exposta. No interior, o carro chinês impressiona pela solidez da montagem. Há plásticos a "ranger" em certos pontos no tabliê ou arestas pouco polidas, por exemplo, na coluna de direção, mas estes detalhes são exceções. Nota-se uma escolha de materiais focada no controlo de custos: tabliê e painéis das portas apenas parcialmente revestidos com espuma, e a consola central feita em plástico rígido. Ainda assim, a qualidade melhora graças ao revestimento em pele sintética na secção superior. Acesso e visibilidade cumprem mínimos O design arredondado do Xpeng G6 dificulta a perceção dos limites do carro. Sentado atrás de um tabliê saliente, o condutor mal consegue visualizar a extremidade frontal do capô. Atrás, a situação não é melhor: apesar da traseira descaída, a base do vidro traseiro é tão elevada e inclinada que se acaba por ter apenas uma vista direta sobre o painel da tampa da bagageira. A perceção dos limites do carro é apenas razoável e a visibilidade traseira limitada. Conta com o apoio de câmaras e sensores. A posição de condução elevada proporciona uma boa visibilidade sobre o trânsito à frente. A visibilidade geral em redor é limitada devido aos pilares demasiado largos atrás e aos apoios de cabeça traseiros fixos. Os pequenos vidros junto aos apoios de cabeça não compensam. Para ajudar, o Xpeng G6 tem 12 sensores à frente e atrás e quatro câmaras periféricas que oferecem uma visão de 360° em tempo real. Um assistente de estacionamento está incluído de série. Com abertura ampla das portas, o acesso é melhor na segunda fila de bancos. Sem túnel central, pode deslizar facilmente de um lado para o outro. Bagageira com capacidade real para 390 a 1475 litros A bagageira do Xpeng G6 é limitada para um SUV de porte médio e muito por culpa da silhueta de coupé, que penaliza o volume útil. Em configuração normal, cabem 390 litros até à base da cortina retrátil. Se remover a cortina e utilizar o espaço até ao tejadilho, a capacidade sobe para 500 litros. Com os bancos traseiros rebatidos, se for necessário aproveitar todo o espaço até ao encosto dos bancos da frente, a capacidade máxima atinge os 1475 litros. O Xpeng G6 tem um compartimento adicional de 30 litros sob o piso da bagageira, mas não dispõe de arrumação frontal sob o capô dianteiro, por exemplo, para guardar o cabo de carregamento. Minimalismo a bordo Com poucos botões físicos, o Xpeng G6 aposta numa filosofia de comandos minimalista. Quase todas as funções são geridas no ecrã tátil central com quase 15 polegadas. As restantes operações são feitas através de botões no volante. A barra inferior no ecrã pode ser configurada com atalhos para várias funções. Também acede rapidamente a definições básicas, como a abertura da bagageira, o bloqueio de segurança infantil ou o ajuste dos espelhos, deslizando o dedo de cima para baixo no ecrã. Apesar destas funcionalidades, o sistema é pouco intuitivo. O número de funções é enorme e a organização nem sempre clara. Regular a temperatura é simples através da barra inferior, mas qualquer outro ajuste da climatização exige passos adicionais no menu. Os botões do volante acumulam várias funções. O ajuste dos espelhos retrovisores laterais também é feito pelo menu, mas não é intuitivo, mesmo depois de aceder à função. O condutor de serviço ficou a "suar". O veículo liga-se automaticamente ao destrancar e fica pronto a circular assim que carrega no pedal do travão e escolhe o modo de condução. Não tem botão de arranque. O Xpeng G6 integra quase todas as funções no ecrã central, apoiado por comandos no volante. Os menus são confusos. O painel de instrumentos digital de 10,2 polegadas acusa excesso de informação. A legibilidade não é das melhores e as letras pequenas dificultam a leitura de dados essenciais. Por exemplo, o consumo de energia é exibido num gráfico pouco útil. Xpeng G6 rico em multimédia e conectividade O sistema de navegação online, alimentado pela TomTom, disponibiliza informações de trânsito em tempo real e pode integrar paragens para carregamento no planeamento do trajeto. A consola central traz duas bases de carregamento por indução com uma potência total de 50 W. Pode emparelhar o telemóvel sem fios com o sistema mãos-livres Bluetooth ou com o veículo, via Apple CarPlay ou Android Auto. Há ainda uma porta USB-A no compartimento aberto sob a consola e uma porta USB-C. Atrás, o Xpeng G6 inclui mais duas portas USB-C. O sistema de som surround de série, denominado "Xpeng Xopera", inclui 18 altifalantes e oferece uma potência total de 960 watts. Agilidade do Xpeng G6 surpreende no desvio de obstáculos O Xpeng G6 disponibiliza três modos de condução (eco, standard e sport) e um modo individual, todos acessíveis no ecrã central. No modo sport, pode ativar a função "Launch Control", que permite tirar partido da potência máxima do motor. Nos testes em modo standard, o desempenho continua bastante convincente. A versão Long Range proporciona um prazer elevado de condução. O Xpeng G6 conta na versão de topo, a Performance, com uma potência máxima de 476 cavalos distribuídos pelas quatro rodas. Bem desenvolvido, o sistema elétrico é suave e as vibrações quase inexistentes em qualquer velocidade. A resposta do acelerador é boa. O motor elétrico entrega a potência de forma contínua e convincente, mesmo a velocidades elevadas. As quatro configurações de regeneração de energia podem ser escolhidas no menu: baixa, média, elevada e X-pedal (modo de condução com um só pedal). O Xpeng G6 revela uma condução estável. O SUV chinês reage de forma muito previsível a impulsos repentinos no volante (manobra de desvio de emergência ou reações de instinto, por exemplo) e recupera rapidamente o controlo. Na prova decisiva de desvio de obstáculos em velocidade, o Xpeng G6 fez o trajeto delimitado por pinos com uma leveza e agilidade surpreendentes e pouco comuns num SUV. A direção é muito precisa, sem endurecer, e o ESP apoia o condutor com impulsos de travagem adequados. A direção do Xpeng G6 mostra um desempenho razoável. Longe de ser um automóvel compacto, surpreende pela facilidade em curvas apertadas a bom ritmo. Em meio urbano, pode ser manobrado com um dedo, mas, à medida que a velocidade aumenta, o esforço necessário no volante cresce de forma exagerada. Em ritmos de autoestrada, é necessário "lutar" um pouco com o volante para mudar de faixa ou acompanhar uma curva mais longa. A direção prejudica a fluidez da condução. [Additional Text]: À venda por 49 630 euros, o Xpeng P7 é um rival à altura do Tesla Model 3 e do BYD Seal. Com 467 km de autonomia, o grande SUV Xpeng G9 custa 57 mil euros. Xpeng G6 tem argumentos únicos para ameaçar os campeões de vendas, como o Tesla Model Y e o Volkswagen ID.5. A perceção dos limites do carro é apenas razoável e a visibilidade traseira limitada. Conta com o apoio de câmaras e sensores. O Xpeng G6 integra quase todas as funções do carro no ecrã central, apoiado por comandos no volante. Os menus são confusos. Nuno César