A produção europeia de veículos automóveis e componentes deverá diminuir 3,7% este ano, enquanto a produção global deverá descer 1,7%, devido à política tarifária dos EUA, prevê a Crédito y Caución. O estudo da seguradora antecipa que "as exportações de automóveis alemães e italianos possam diminuir mais de 5% em 2025 como resultado das tarifas norte-americanas". Os EUA são um dos principais destinos das exportações automóveis europeias. Os países com maior nível de risco serão Áustria, Bélgica, França, Hungria e Suíça. Com um nível elevado destacam-se a República Checa, Alemanha, Itália, Polónia, Portugal, Eslováquia, Turquia, Reino Unido, Brasil e Canadá., sempre de acordo com a Crédito y Caución. A seguradora refere ainda que "outra ameaça ao mercado europeu é a China, onde os fabricantes oferecem modelos mais baratos e tendem a ser mais rápidos na adaptação às condições do mercado". Segundo o documento, "o impacto das tarifas irá perturbar as cadeias de abastecimento, aumentando os custos dos componentes e materiais" e as "consequências serão negativas para produtores e fornecedores". Globalmente, o sector enfrenta também desafios demográficos, com uma população cada vez mais envelhecida que implica uma diminuição da procura futura de veículos. Por outro lado "os fabricantes de motores de combustão tradicionais estão a ser forçados a reorientar a sua produção para evitar o encerramento" à medida que o mercado dos veículos elétricos cresce. De acordo com o estudo da Crédito y Caución, estima-se que as vendas de veículos eléctricos atinjam 59% das vendas totais até 2030. Por cá, de acordo com a ACAP, a produção de veículos automóveis caiu 14,1% nos primeiros quatro meses do ano, o mesmo tendo acontecido com as exportações. Já no concernentes aos componentes automóveis, de acordo com a AFIA, as exportações recuaram 1,4% no primeiro trimestre, com quebras de 8,8% para a Alemanha e de 7,6% para os EUA. T&N