66 ANOS GRUPO BERNARDO DA COSTA - ENTREVISTA A RICARDO COSTA
2023-04-18 15:45:02

RICARDO COSTA CEO DO GRUPO BERNARDO DA COSTA O Grupo Bernardo da Costa encontra-se a comemorar o sexagésimo sexto aniversário da fundação da sua empresa mãe. A sua existência tem-se baseado em valores de respeito, partilha, solidariedade, tolerância e segurança, com uma equipa que conta já com cerca de 250 pessoas em todo o mundo. Ricardo Costa, CEO do Grupo Bernardo da Costa, acredita que é na criação de benefícios e medidas que promovam o bem-estar dos trabalhadores da empresa que está a razão do sucesso. Por isso, foi criado em 2017 o primeiro Departamento da Felicidade, que hoje já ganhou ‘vida própria’ e tem como missão continuar a procurar soluções para aumentar a qualidade de vida dos trabalhadores. O futuro é já ali e os projetos são muitos: as fusões com a Diid, em 2018, e com a IPTECNO, em 2020, permitiram que a BC Segurança faça agora parte da IBD, a maior empresa do segmento da Península Ibéria, que tem um plano de crescimento para os próximos 5 anos extremamente ambicioso. Noutro mercado, e diversificando os ativos do grupo, assinala-se o investimento no KuantoKusta, uma empresa que pretende ser líder de vendas online em Portugal – já é líder no segmento dos comparadores de preços. O ano de 2022 ficou marcado pelo desaparecimento de Fernando Costa, irmão de Ricardo Costa e um dos administradores do Grupo Bernardo da Costa, que agora será homenageado com um Torneio de Golf em sua memória. O evento terá lugar dia 20 de Maio, em Ponte de Lima. “Ao longo de 66 anos, o foco principal da nossa empresa foram as pessoas” O que mudou desde a criação da Electro Luz Avenida, de Bernardo da Costa, há 66 anos e de que forma o Grupo Bernardo da Costa diversificou as áreas de atuação? É verdade que nestes 66 anos mudou muita coisa. Passámos de uma para dez empresas, de uma área de atividade para seis áreas de atividades distintas. Temos empresas que estão presentes em diferentes geografias. No caso da segurança eletrónica, que é a principal área de atividade, estamos presentes em Portugal, Espanha, Marrocos e Brasil. Acima de tudo, o que mudou foi a dimensão, quer o número de empresas, quer a nível de volume de negócios, quer a nível de trabalhadores. Houve, no entanto, algo constante ao longo destes 66 anos e que é a base de todo este percurso: o reconhecimento que nós temos com as pessoas, a forma como as vemos, a forma como fazemos questão de criar condições de bem-estar, saúde, equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional, e, acima de tudo, a felicidade tão falada nos dias de hoje. As empresas lutam pelo talento, combatem umas com as outras para atrair os melhores. A felicidade é, sem dúvida, um ponto muito importante para nós. Os valores do Grupo Bernardo da Costa continuam os mesmos de há 66 anos e continuam a nortear nossa atuação e forma de estar: o respeito, a partilha, a solidariedade, a tolerância, a segurança. De que forma evoluiu a cultura da empresa, ao ponto de hoje ser reconhecida como uma das melhores para trabalhar em Portugal? Um dos fatores de sucesso é mesmo esta questão da felicidade, que está bem entranhada dentro de toda a organização. E não é uma cultura organizacional com 10, 20 ou 30, mas com 66 anos. Naturalmente, fomos experimentando formas diferentes de o fazer, porque o mundo mudou muito neste período. Nós hoje temos uma geração, que está a chegar agora ao mercado de trabalho, que é totalmente diferente da geração que chegava ao mercado de trabalho naquela altura, que valoriza outras coisas, que procura, acima de tudo, flexibilidade de tempo e impacto do seu trabalho na empresa, também quer saber o impacto da empresa na sociedade. Naturalmente, tudo isto só faz sentido se as pessoas tiverem salários com valores que permitam ter uma vida digna. Quando falamos em todo este programa de benefícios, associado ao nosso Departamento da Felicidade, percebemos que só faz sentido se o sa lário permitir às pessoas não andarem a fazer contas até ao final do mês. Por isso, fazemos um esforço muito grande para ter sempre o salário mínimo em patamares bastante acima do que é o salário mínimo definido pelo governo e ter também um conjunto de prémios e incentivos que permitam, no final do mês, ter um valor na sua conta bancária que lhes permita fazer face às necessidades e terem uma vida boa. O Grupo Bernardo da Costa dá tem regalias como o spa, lavandaria, take-away ou as férias pagas e acabou por ficar com a alcunha da “empresa das férias pagas”. Acha que é demasiado redutor falar na empresa nesses termos? Eu digo muitas vezes [risos]. Essa frase tem origem no Rui Neves, do Jornal de Negócios, que gosta de falar no “patrão que paga férias tropicais”. Eu acho que é muito redutor associar tudo aquilo que nós fazemos e toda esta cultura organizacional que se vive cá dentro com as férias pagas em destinos tropicais. De facto, foram momentos fantásticos, não uma, nem duas, nem três vezes, mas já por seis vezes que estivemos todos juntos, numa semana, a celebrar as conquistas e o facto de termos alcançado objetivos – em Punta Cana, no México, em Cuba, na Jamaica, em Cabo Verde e em Ibiza. Eu acredito que, mais importante do que isso, é a forma como nós vemos as pessoas. O nosso Departamento da Felicidade também foi mudando ao longo do tempo. Em 2017, começou no marketing; em 2019, passou para os Recursos Humanos e, agora, está perfeitamente autónomo. Em 2017, procurávamos esse tipo de benefícios. O Spa, por exemplo, foi algo que nós tivemos, mas percebemos que não fazia sentido. Nos inquéritos que fazemos regularmente às pessoas, percebemos que não estava a ter um impacto positivo e foi substituído por outra coisa. Quando me perguntam o que faz a Margarida Carreiras, responsável pelo Departamento da Felicidade, eu digo que ela passa 80% do seu tempo a ouvir as pessoas, como se sentem, de que forma as notícias que lhes chegam todos os dias as afetas, quais as suas necessidades no dia a dia; como se veem na organização, quais as suas expectativas. As conclusões a que chega orientam-nos nas nossas reuniões de direção. O desafio é tentar encontrar soluções para extrair o máximo potencial de cada pessoa que trabalha con nosco, proporcionando-lhe as melhores soluções. O respeito pela individualidade de cada um é muito importante, porque a forma como alguma coisa me faz feliz a mim é seguramente diferente do efeito que provoca em cada uma das pessoas aqui na empresa. Há muitos benefícios que acabam por não ser abrangentes na forma como todos os valorizam, embora saibamos que alguns são muito valorizados por todos. O serviço tem engomadoria é o mais valorizado pelas pessoas, nos vários inquéritos que fizemos ao longo dos anos, além da oferta do dia de aniversário, da oferta dos dias 23 e 30 de Dezembro ou do o seguro de saúde. Este ano também vão fazer uma viagem? Este ano, decidimos não fazer, apesar de termos atingido o objetivo no ano passado. Por vários motivos: porque há uma questão pessoal, uma tragédia na nossa vida familiar, que foi o falecimento do meu irmão [Fernando Costa], e, portanto, não estão reunidas as condições nem o espírito para fazermos esse tipo de viagem. Por outro lado, também estamos sensíveis ao aumento do custo de vida, que influencia a vida de todos. Decidimos transformar a viagem num prémio mensal que pode permitir, na grande maioria dos casos, um aumento de cerca de 35 a 50% do seu rendimento mensal. É feito em duas formas: um prémio de equipa e um prémio individual. Encontrámos aqui outra forma que vai de encontro às necessidades das pessoas. É um prémio que transmite um sentimento de igualdade e equidade para todos os que trabalham connosco. No que diz respeito ao prémio de equipa, todos recebem o mesmo valor, desde a senhora da limpeza até ao diretor de qualquer departamento. No prémio individual, nós damos a oportunidade de todos atingirem o mesmo valor, ou seja, [e voltando ao mesmo exemplo] se a senhora da limpeza mostrar profissionalismo, dedicação, empenho, ganha exatamente o mesmo valor que o diretor se demonstrar o mesmo profissionalismo, a mesma dedicação e o mesmo empenho. Queremos dar a oportunidades iguais a pessoas que têm cargos diferentes na organização, deixar de ser só frases bonitas que estão espalhadas pelas paredes das empresas e passar à prática para termos esta coesão, igualdade, equidade e justiça. Quantas pessoas trabalham no universo Bernardo da Costa? Em Portugal, cerca de 95 pessoas, excluindo o KuantoKusta, uma participação que adquirimos recentemente, e que tem mais 55 pessoas. No resto do mundo, entre Espanha, Brasil e Camarões são mais de 160 pessoas. No total, andamos à volta das 250 pessoas. das casas, cabazes ou brinquedos, mas também participarmos como equipa nesses projetos. Estivemos recentemente a ajudar na construção de uma casa da Domus, em Tadim, ou quando permitimos realizar o sonho de alguma criança da U.dream, para lhe dar dois exemplos. São projetos muito fortes emocionalmente e que nos ajudam a criar laços como equipa. Há, também, uma grande ligação a projetos sociais como o “Virar a página”, “Associação Humanitária Domus”, “Cruz Vermelha”. O que significam estes projetos, não só para a empresa, mas para os funcionários, que estão sempre na linha da frente para participar? A par daquilo que falámos sobre a felicidade e bem-estar das nossas pessoas, não podemos esquecer a comunidade onde estamos inseridos, a nossa sociedade. Há uma expressão que eu gosto muito, que é o “giving back”, que é devolver à sociedade aquilo que nos ajuda a conquistar enquanto organização e enquanto empresa. Porque nós, sem sociedade, sem comunidade, sem as pessoas da nossa comunidade, seguramente não conseguíamos nem vender os nossos produtos nem os nossos serviços. Acho que deve ser uma missão social de todas as organizações, que é procurar que a comunidade tenha também a sua coesão social. O que me interessa estar muito bem se a 100 ou 200 metros há pessoas a passar necessidades? É a chamada Criação de Valor Compartilhado (Creating shared value - CSV), uma filosofia que seguimos na nossa empresa. São várias as instituições que nós patrocinamos, como é o caso do “Virar a página”, a Domus, a Cruz Vermelha, a Associação Social da Universidade Lusíada, a U.dream… Depois, há outras causas mais particulares, que nós incentivamos as pessoas da Bernardo da Costa a trazerem-nos e nós faremos os possíveis para ajudar. Muitas vezes, não é apenas importante dar dinheiro, material elétrico para a construção parcerias, das fusões, das aquisições e foi isso mesmo que fizemos, o que nos permite, hoje, ter um plano de expansão muito ambicioso. Queremos estar pelo menos em mais três países, nomeadamente, a França, Itália e a zona do Benelux, uma expansão pensada para os próximos cinco anos. Na Atouch, fizemos exatamente o mesmo e agora somos a Atouch Winwel, resultado da fusão das duas empresas. Queremos poder competir com empresas estrangeiras e ter mais escala, mais know how dentro de portas, porque acredito mesmo que juntos somos mais fortes e só assim seremos competitivos. Há sempre receios deste tipo de operação. Não temos qualquer receio de perder poder. É público que deixámos de ter 100% da BC e passámos a ter 23% da IBD e, hoje, sinto-me muito mais feliz com 23% da IBD que com 100% da BC. Permite-nos estar de outra forma no mercado, ter planos de expansão mais arrojados, ter melhores equipas e com mais dimensão para poder pagar melhores salários, dar melhores condições às pessoas. “As fusões com a Diid e IPTECNO permitemnos ser mais ambiciosos a nível global” Com as fusões com a Diid e IPTECNO, a Bernardo da Costa passou a ser a maior empresa de sistema de segurança da Península Ibérica. O que representou essa operação? Houve aqui duas funções, uma em 2018, com a Diid e, depois, com IPTECNO, em 2020. O resultado desta fusão é a IBD, hoje líder ibérico na distribuição de equipamentos segurança eletrónica. Esta operação resulta daquilo que defendo enquanto empresário, mas também enquanto presidente da Associação Empresarial do Minho. Portugal tem um problema de dimensão do tecido empresarial a Portugal, com 98% de micro, pequenas e médias empresas e isso faz com que percamos escala quando temos que competir com empresas de outras geografias, num mercado que é cada vez mais global. Eu sou um defensor das De que forma tecnologias como o ChatGPT podem alterar a forma como se trabalha em empresas tecnológicas? Não tenhamos dúvidas já estamos numa nova revolução industrial e que desta vez não vai ter a ver com gás, nem com nenhum tipo de minério ou combustíveis fósseis, mas com a inteligência, com o know how, com o saber, que é a função industrial associada à inteligência artificial. O ChatGPT é um dos muitos exemplos. Penso que, pela primeira vez, Portugal pode liderar esta revolução industrial. Se nas outras revoluções industriais nos faltavam recursos porque não os tínhamos, desta vez nós temos um sistema científico e de ensino que pode competir com os países de topo do mundo, temos pessoas qualificadas, temos localização geográfica… As condições estão cá, assim os nossos governantes e os nossos líderes empresariais queiram liderar esta nova revolução industrial. No Grupo Bernardo da Costa, estamos atentos a esta esta nova revolução industrial e a aquisição de uma parte do capital do KuantoKusta vai nesse sentido. É uma empresa alinhada com as ideias que temos para a transição digital e tecnológica: iniciou o seu percurso como um simples comparador de preços, que foi ganhando espaço e hoje é o comparador de preços líder no mercado nacional. No ano passado, apostou no e-commerce como Marketplace, que é a sua grande aposta para o futuro. A pandemia deu um boost ao e-commerce, mas Portugal ainda é dos países europeus que menos compra online, ou seja, há aqui um grande potencial de crescimento. Tem a tecnologia, tem a marca, tem as pessoas com grande capacidade e toda a direção da empresa está alinhada. Por isso, acredito que há condições para ser líder de mercado, em termos de Marketplace em Portugal. Sei que tem uma grande admiração pelo Comendador Rui Nabeiro, que faleceu recentemente. É uma inspiração? Como perspetiva o futuro do Grupo Bernardo da Costa? De 2013 a 2018, tivemos aqui um período de expansão de vários negócios, como as fusões que referi, a aquisição da AVPRO, o início da BC Safety, já em período de pandemia. Agora, a estratégia passa pela consolidação desses mesmos negócios. A aquisição da parte do capital do KuantoKusta demonstra que estamos abertos a novas oportunidades, mas não estamos à procura de novas oportunidades. A estratégia passa pela consolidação dos projetos que já temos em curso, pela expansão da IBD para novos mercados…. Sabemos que vamos viver tempos desafiantes nos próximos anos, há vários indicadores que nos demonstram isso. Ser ambicioso, sem dúvida, mas com as empresas que já temos neste momento e que fazem parte do nosso grupo empresarial. Sobre a admiração que eu tenho pelo comendador Rui Nabeiro, é público e acredito que tenha a ver com os pontos comuns que identifico entre aquilo que ele representava e a forma de estar do meu avô e do meu pai ao longo destes 66 anos de história do Grupo Bernardo da Costa, que eu pretendo continuar. Acima de tudo, a forma como estava na vida e como se integrava na comunidade, não só a título particular mas também através das empresas que geria, sempre suscitou a minha admiração. Para mim, é o expoente máximo e uma referência como empresário, mas, acima de tudo, como pessoa. Tento colocar em prática, no dia a dia, os ensinamentos que nos deixou: não me servir das pessoas, mas ajudá-las a crescer e estar aqui como agente de desenvolvimento económico, cultural e social; ter a ambição de deixar como legado ter sido importante para a comunidade de Braga. “Queremos homenagear o meu irmão, Fernando Costa, e tudo o que ele representa” O futuro também será mais verde com mais mobilidade. Sem dúvida. Por vezes, as pessoas ouvem falar em metas de 2035, 2050 e que falta muito tempo, mas essa transição já começou e está a acontecer. As empresas que ainda não fizeram essa transição vão sentir muitas dificuldades num futuro próximo. É público que existe um conjunto de apoios, seja de fundos europeus ou mesmo da própria concessão de crédito, vão estar indexados aos índices que as empresas vão demonstrar no índice de sustentabilidade, nomeadamente, o impacto ambiental. Eu não gosto de falar só de sustentabilidade ambiental, mas de sustentabilidade 360. Sempre falámos da sustentabilidade económica, sustentabilidade financeira, sustentabilidade social e, agora, temos de juntar esta vertente ambiental que é cada vez mais importante. Este é o planeta que nós temos, não temos outros para habitar. As alterações climáticas são evidentes, assim como os efeitos que elas estão a causar. Nós sabemos que a Europa só representa 8% das emissões poluentes de todo o mundo, onde se destacam China e a Índia como principais emissores, mas temos de dar o exemplo. No Grupo Bernardo da Costa, também estamos alinhados com estes objetivos, por isso, subscrevemos o Pacto de Mobilidade Empresarial de Braga. Este ano, o Grupo Bernardo da Costa perdeu o administrador, o Fernando Costa. Costuma referir-se a ele como uma inspiração para continuar com um caminho de “justiça, bondade, ponderação e amizade”, como já referiu. Que palavras é que gostaria de lhe deixar? Como disse, tenho um legado importante para dar continuidade, deixada pelo meu avô, depois pelo meu tio e pelo meu pai, que, apesar de ainda estarem cá, já não estão a exercer a atividade profissional. Agora, essa responsabilidade aumenta. Ele era o meu ponto de equilíbrio. Eu sou mais sonhador e deixo-me entusiasmar com muita facilidade em relação a novos projetos. O meu irmão era muito mais ponderado, muito mais equilibrado e complementávamo-nos. O Fernando era, acima de tudo, uma pessoa boa, uma pessoa justa, que me ajudava, dentro da organização, a perceber algumas lacunas e onde nós tínhamos que atuar para criar mais justiça, igualdade e equidade. O meu irmão tinha várias dimensões: além de ser melhor amigo e irmão, era a pessoa que me complementava. Viveu comigo durante muito anos e eu sinto que também fui um pouco o pai dele. Deixa dois filhos, que agora são meus filhos de coração, e um legado que não queremos nunca esquecer. E este torneio surge também em consequência disso. Será no dia 19 de Maio, dia de aniversário da IBD – dia em que a BC Segurança foi constituída e a empresa onde ele sempre trabalhou. Já tínhamos decidido organizar o primeiro torneio de golfe da IBD para parceiros amigos, uma decisão tomada ainda em conjunto com ele, porque era um desporto que ele gostava muito. Faz todo sentido começar a ter um torneio de golfe anual, em memória dele, e esta será a primeira edição do Torneio de Golfe Memorial Fernando Costa, no dia 20 de Maio, pelas 9h30 no Axis Hotéis & Golfe, em Ponte de Lima.