Chama-se KIT-AR, desenvolveu um kit tecnológico único que permite aplicar a Realidade Aumentada aos processos industriais, e já entrou na Volkswagen AutoEuropa e na OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal. Empresa portuguesa foi distinguida pela ANI. Com um cenário em que até 40% das empresas da indústria produtiva têm uma significativa perda de receita por causa dos custos de má qualidade, a portuguesa KIT-AR desenvolveu um kit tecnológico que permite aplicar a Realidade Aumentada aos processos industriais com vista a dar instruções mais claras aos recursos humanos e a reduzir os erros potencialmente a zero. Esta cria conjuntos de instruções visuais de modo mais rápido e barato, permitindo um retorno num maior curto espaço de tempo. O kit possibilita ainda um controlo de qualidade automático, em tempo real, e integrado no processo de fabrico. Em 2022 a empresa juntou-se ao INESC TEC, à Skillaugment e à Volkswagen Autoeuropa para promover o projeto Digital Enhanced Operator (DEO), que visa capacitar as linhas de produção da Volkswagen AutoEuropa com Realidade Aumentada. A introdução destes processos numa empresa do setor automóvel, permitiu à mesma uma inspeção automatizada da fabricação quatro vezes mais célere, zero erros na primeira vez que aplicou a solução KIT-AR e a redução em 10% do período de fabrico em apenas uma semana, através da introdução de várias mudanças no conjunto de instruções e da monitorização do seu impacto, explicam. A KIT-AR prevê faturar já em 2026 perto de 30 milhões de euros, e para além dos projetos implementados na Volkswagen AutoEuropa e na OGMA, merece já a confiança da Renault, da Royo, da Airbus e da COMAU,. A solução foi premiada pela Agência Nacional de Inovação (ANI) com o Born from Knowledge (BfK) Awards no âmbito dos Prémios EmpreendeXXI, uma iniciativa do BPI e da DayOne. "É com grande orgulho que a Agência Nacional de Inovação volta a distinguir, através do BfK Awards, projetos que contribuem para um futuro melhor da nossa economia e sociedade. A KIT-AR é um desses exemplos: uma empresa que, embora em início de atividade, já contribui para o desenvolvimento inovador e tecnológico de um dos setores que mais aposta em I&D no nosso país e que tem uma maior representatividade no nosso Produto Interno Bruto e nas nossas exportações", refere António Grilo, presidente da ANI. André Manuel Mendes