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PROPRIETÁRIOS ANTECIPAM MEDIDAS DO GOVERNO: PEDIDOS DE OBRAS DE REMODELAÇÃO E CONSTRUÇÃO SOBEM 170% NO ÚLTIMO MÊS

Executive Digest Online

2023-03-22 18:58:06

Os proprietários portugueses já estão em campo para executar obras de remodelações e construções, com a procura daqueles serviços a disparar 170% entre os dias 21 de fevereiro e 20 de março de 2023, face ao período homólogo, revelou esta quarta-feira a aplicação Fixando. Um mês após o Governo anunciar as primeiras medidas para fazer frente à crise na habitação - que incluem o arrendamento forçado de casas devolutas - o estudo da maior plataforma de contratação de serviços em Portugal revelou ainda que cerca de um terço (32%) dos pedidos de intervenção dizem respeito a habitações do distrito de Lisboa, seguindo-se os distritos de Setúbal (14%), Porto (14%), Aveiro (6%), Santarém (5%), Faro (5%), Braga (5), Leiria (4%) e Coimbra (4%). Entre o tipo de propriedades intervencionadas, as moradias perfazem mais de metade (52%) dos pedidos analisados pela Fixando, enquanto apartamentos totalizam 29%. Apenas 7% das propriedades dizem respeito a lojas ou escritórios. Cerca de 31% dos proprietários que pretendem intervir nos seus imóveis vão fazer uma remodelação completa da casa, 22% quer avançar com obras em diversas divisões e 23% pretendem remodelar apenas um dos espaços da casa. Os restantes 24% dizem respeito a apenas pequenos melhoramentos. Quanto aos componentes dos imóveis que necessitam de ser intervencionados, cerca de 45% dos proprietários precisam de avançar com a remodelação do pavimento. Os outros componentes que mais requerem intervenção ou substituição são revestimentos (36%), telhado (32%), componentes elétricos e luzes (27%), canalização (25%), armários e balcões (24%) e sistemas de climatização (11%). "A escassez de mão de obra no setor da construção e remodelações não é de agora, mas a falta de profissionais que se faz sentir acabará por levar ao aumento de preços, dificultando ainda mais a tarefa de muitos proprietários na recuperação dos seus imóveis", explicou Alice Nunes, diretora de Novos Negócios da Fixando - falta de mão de obra no setor poderá ser um problema para muitos proprietários, pois cerca de 39% dos pedidos registados no último mês ainda não conseguiram avançar com as obras pretendidas. A mesma responsável apontou a melhoria dos salários praticados e a aposta em formação nestas áreas como caminho necessário para a resolução da escassez de mão de obra no setor. Francisco Laranjeira