CREDIT SUISSE ENGOLIDO PELO UBS. ACIONISTAS NÃO FORAM OS QUE MAIS PERDERAM. 6 QUESTÕES SOBRE O FIM DO BANCO CENTENÁRIO
2023-03-20 22:17:07

Três chaves unidas no logótipo do UBS pretendem simbolizar três atributos — confiança, segurança e discrição. É assim que se vê o UBS, a maior instituição financeira suíça, que entrou no fim de semana na salvação do rival Credit Suisse. Os reguladores helvéticos, segundo chegou a avançar a imprensa internacional, até admitiram uma nacionalização, mas no final a solução foi acordar a venda ao UBS, que recebe uma garantia pública para eventuais perdas que venha a incorrer com ativos do Credit Suisse, além de ficar com uma linha disponível de crédito de 100 mil milhões. E assim nascerá um novo banco da associação das duas instituições que será um gigante no setor financeiro, com um risco sistémico ainda mais elevado. O Credit Suisse assistiu na última semana a uma corrida aos depósitos que têm características especiais. É que o Credit Suisse é um dos bancos dos multimilionários. No final de 2022 tinha mais de 233 mil milhões de francos suíços (pouco menos que os 235 mil milhões se convertidos em euros, ao câmbio atual) depositados por parte dos seus clientes, o que já indicava uma erosão de 160 mil milhões de euros face a 2021. Foi mesmo a fechar 2022 que o grupo avançou com uma recapitalização através de um aumento de capital de 4 mil milhões de euros. Mas bastou um sopro na confiança do sistema bancário vindo do outro lado do Atlântico para os fantasmas em torno do banco suíço aparecerem. E agora sem retorno. O banco já não soprará as velas do 167.º aniversário. Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.