Depois de ter conquistado a Europa com uma solução que permite recuperar, produzir e armazenar energia a bordo de camiões que transportam produtos sob temperatura controlada, a Addvolt prepara investida nos EUA. Testes já começaram. AAddvolt prepara-se para atacar os EUA, um "desafio extremamente ambicioso" que chega depois de ter introduzido em 18 mercados uma solução que permite recuperar, produzir e armazenar energia elétrica a bordo de camiões que fazem o transporte de produtos sob temperatura controlada. Ao Negócios, o CEO da Addvolt Bruno Azevedo, adianta que arrancaram as "provas de conceito" e que. à luz do roteiro traçado, espera fornecer soluções em escala no próximo ano. quando a empresa cumpre uma década de existência: "Estamos numa fase de testes e de adaptação, mas a ambição é muito clara: queremos comercializar nos EUA em meados » de 2024. E um desafio extremamente ambicioso, porque é, em simultâneo. um mercado enorme, mas também particular, onde é difícil de entrar porque é muito protecionista". Addvolt atesta que entrar nos EUA implica "um grande investimento a médio prazo", razão pela qual precisam de "parceiros estratégicos para reduzir os níveis de risco e alavancar os de investimento". Restrições ambientais aceleram expansão O potencial do mercado - com "mais de um miDião de veículos refrigerados em circulação" - é "enorme", assinala. Desde logo porque "há uma grande necessidade de transporte por estrada", mas também devido às crescentes "restrições ambientais" que criam um quadro favorável à adoção de sohi-ções como o "power bank" que a empresa concebeu para colocar a bordo de pesados em alternativa a sistemas alimentados com um motor a diesel. "Um reboque que transporta mercadoria frigorífica emite tanto dióxido de carbono (C02) como quatro carros, pelo que estamos a evitar essa emissões", sublinha Bmno Azevedo. O ponto de partida será a Califórnia onde "as frotas têm de equipar a cada ano 15% da sua frota commáquinas puramente elétricas", havendo, por isso, "uma necessidade". Embora o "grande foco" esteja na entrada nos EUA, a Addvolt não quer perder de vista a Europa onde garante ser "líder" ao nível da eletrificação do transporte refrigerado.com "mais de 120 parceiros", tendo maior representação nos Países Baixos. Alemanha e Suíça. Em 2024, além de alargar o mapa de internacionalização, a Addvolt planeia apostar numa dupla diversificação, tanto ao nível do meio de transporte como da gama de produtos transportados: "Temos novos projetos que serão lançados em2024na parte da ferrovia - que já estamos a implementar na Suíça - e no transporte de outro tipo de mercadorias, como líquidos ou resíduos", diz o também cofundador da empresa. A Addvolt foi criada em 2014 como uma startup incubada no UPTEC (Parque de Ciência eTecnologia da Universidade do Porto) e tem, desde2020, sede em S. Mamede Infesta O capital está dividido por acionistas portugueses (os fimdo6 2bpartner e a Portugal Ventures e ainda os quatro fundadores), alemães (Abacus alplia e Momentum) e dos EUA (Carrier Ventures). Em 2022, a Addvolt, que emprega cerca de 60 trabalhadores, teve um volume de negócios na ordem dos lOmiDiões, valor que espera aumentar em 20% este ano. 10 VOLUME DE NEGÓCIOS A Addvolt fechou 2022 com um volume de negócios na ordem dos 10 milhões de euros, esperando um aumento de 20% este ano. A Addvolt começou em 2014 como uma startup incubada no Parque de ciência e Tecnologia da universidade do Porto.