Seis versões depois, este foi o testamento final deixado por Francisco Pinto Balsemão. Francisco Pinto Balsemão morreu a 21 de outubro, com 88 anos. Nas últimas semanas foram revelados mais pormenores sobre a sua extensa herança, avaliada em vários milhões. Agora, a TV 7 Dias, que teve acesso ao testamento de Francisco Pinto Balsemão, revela como o fundador da SIC e do Expresso decidiu distribuir o seu vasto património. O documento final, assinado a 6 de fevereiro de 2020, anulou cinco versões anteriores e definiu uma estrutura clara para o futuro da família. A principal beneficiária é a mulher, Maria Mercedes Aliu Presas Pinto de Balsemão, conhecida como Tita, que surge como herdeira maioritária. Tita recebe os imóveis mais valiosos, incluindo a casa em Lisboa com todo o recheio e a propriedade na Quinta da Marinha. Fica igualmente com a totalidade dos créditos do empresário, nomeadamente dinheiro, depósitos bancários, valores mobiliários e outros ativos financeiros. Do Porsche à pensão vitalícia Herda ainda 100% da empresa Estrelícia, algo que marca uma diferença profunda em relação ao testamento de 2010, no qual teria apenas metade da sociedade. Os cinco filhos, Mónica, Henrique, Francisco Maria, Joana e Francisco Pedro, recebem partes iguais das participações empresariais. Cada um fica com ações da Balsenger, SGPS, com quotas da Sociedade Francisco Pinto Balsemão, SGPS, Lda. e com uma parcela idêntica da Impresa, dona da SIC e do Expresso. Além disso, a filha Mónica recebe as partes indivisas dos jazigos de família em Lisboa e na Guarda. O documento inclui ainda vários legados destinados a pessoas próximas do empresário. O emblemático Porsche 356-C 1600 Coupé é deixado a um administrador do grupo Impresa. Três pessoas de confiança recebem cem mil euros cada uma. Outra pessoa próxima recebe até setenta mil euros para aquisição de casa, mais cinquenta mil euros em dinheiro e uma pensão vitalícia equivalente a duas vezes o salário mínimo. Texto: Tomás Cascão, [Additional Text]: Francisco Pinto Balsemão