A VW parece apostada em renovar a sua gama de veículos eléctricos, com os actuais ID.3, ID.4 e ID.5 a fazerem parte do passado. O primeiro eléctrico do futuro é o ID.Cross, que já visitou Cascais. A Volkswagen, o primeiro construtor tradicional a investir de forma decidida em veículos eléctricos, concebendo plataformas específicas, adaptando fábricas e propondo uma gama bastante diversificada, não parece estar satisfeita com o sucesso comercial dos seus modelos a bateria. Isto apesar de, em final de 2025, ser a marca que mais unidades eléctricas vende no Velho Continente, independentemente de continuar a ser o Tesla Model Y o líder nas vendas. Daí que o construtor alemão se prepare para lançar nos próximos anos uma série de novos modelos, mais avançados, mas também mais parecidos com os modelos a combustão de igual bitola, que acredita serem mais de acordo com os desejos dos clientes. E o primeiro desses eléctricos do futuro já visitou Portugal, mais especificamente Cascais, onde alguma imprensa europeia teve ocasião de o conduzir. O ID.Cross que nos visitou, ainda que sob a forma de protótipo (Concept) com que se estreou em Setembro no Salão Automóvel Alemão (IAA), pretende ser um pequeno SUV eléctrico (4,161 m de comprimento e uma distância entre eixos de 2,601 m, além de 1,839 m de largura e 1,588 m de altura) com dimensões próximas do T-Cross a combustão. Será um B-SUV concebido sobre a plataforma do veículo utilitário ID.2All, de que já aqui falámos e que tudo indica que será rebaptizado ID.Polo antes de chegar ao mercado em 2026. O interior do ID.Cross Concept é espaçoso, especialmente em altura 7 fotos Com uma estética moderna, mas mais consensual do que os actuais ID.3 e companhia, além de mais alinhada com o que é habitual encontrar na marca germânica, o ID.Cross a comercializar dentro de menos de um ano deverá manter intacta a esmagadora maioria das soluções estéticas reveladas no actual ID.Cross Concept. Além do espaço no habitáculo, o B-SUV eléctrico oferece igualmente uma bagageira com 450 litros de capacidade, a que alia 25 litros adicionais na frunk sob o capot frontal. Por dentro, o ainda concept coloca em posição de destaque uma consola central de dimensões generosas, com o condutor a ter à sua frente um painel de instrumentos tradicional com 11”, enquanto o ecrã central (de 13”) exibe por baixo uma série de botões físicos para comando directo de funções, facilitando a navegação através dos diferentes menus. Também o volante, com tendência para o quadrado e com apenas dois braços horizontais, passa a oferecer botões convencionais e iluminados, em vez dos tácteis capacitivos que não granjearam uma legião de fãs junto dos clientes. Detalhes que revelam as preocupações aerodinâmicas do B-SUV da VW 3 fotos A potência do motor do ID.Cross ainda não está definida, mas é certo que a unidade motriz será instalada à frente, uma vez que a plataforma a utilizar será a versão mais pequena da MEB+, uma evolução da actual MEB e com um software mais avançado, o que agradará aos utilizadores. A avaliar pelas soluções utilizadas no concept, o ID.Cross deverá montar um motor com 211 cv, alimentado por uma bateria que, em WLTP, assegure uma autonomia próxima de 420 km, o que aponta para um acumulador com 60 kWh de capacidade. A velocidade máxima está limitada a 175 km/h, enquanto a capacidade de reboque (com travão) é de 1200 kg. A renovação da gama de veículos eléctricos da VW, que arrancará no próximo ano com o ID.Polo e o ID.Cross, terá continuidade em 2027 com o ID.Every1, a produzir em Portugal pela Autoeuropa. Com os preços do futuro ID.Polo a estarem previstos na casa dos 25.000EUR, tudo indica que o ID.Cross deverá arrancar abaixo dos 30.000EUR, um valor inferior aos 38 mil euros pelos quais é comercializada a versão de acesso à gama do ID.3. O interior do ID.Cross Concept é espaçoso, especialmente em altura Detalhes que revelam as preocupações aerodinâmicas do B-SUV da VW Simone Carvalho